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LETRAS CANCIONEIRO DA CAÇA
Esta é uma pequena parte da História da Aviação de Caça e daqueles homens que procuraram transmitir aos "noviços" a sua vibração, o seu ideal e as estórias de seu tempo, através da adaptação de letras às canções populares, procurando retratar o "momento da Caça" de cada época.
Em muitos casos, essas canções apareceram nos encontros casuais, foram progressivamente modificadas de modo a tornar difícil, na atualidade, a perfeita identificação de seus autores. Em outros, sabe-se exatamente a sua origem. E quando esta for a situação, será feita uma breve sinopse do episódio gerador da canção e citados, na medida do possível, seus autores.
A versão original deste Cancioneiro foi elaborada em 1965 pelo então Maj Bezerra, Comandante do 2o/1o Gp.Av.Ca., tendo sido apresentada, pela primeira vez, no Baile da Caça daquele ano (22 de abril). As músicas foram cantadas em coro à medida que o locutor, Ten Fleury (Fleury "Jatobá" - Piragibe Fleury Curado) lia o texto, tendo ao piano o acompanhamento do "Doc" Renato (Renato Machado Silva).
Nosso Cancioneiro começa com a letra original do "Pó Pó Pó" que é baseada em uma fábula intitulada "A Cobra e o Lagarto", que surgiu em julho de 1944, quando o Grupo de Caça, após chegar a Nova Iorque e permanecer alguns dias de quarentena em Camp Shank, deslocou-se de trem para a Base de Suffolk onde iria voar o P-47.
Não havendo o que fazer durante a demorada e desconfortável viagem, os Caçadores, liderados pelos Tenentes Coelho, Meira e Cordeiro se puseram a cantá-la em coro, lançando as bases para o Cancioneiro da Caça.
Após o regresso a Santa Cruz, o "Pó Pó Pó" se consagrou definitivamente, tendo no pós-guerra, o Ten Berthier como um dos mais entusiasmados solistas.
CANCIONEIRO DA CAÇA
"POXA"
Em 1976, em uma reunião em Porto Alegre foi adaptada pelo Tenente Gilmar Barbosa Nunes, uma versão de "Poxa", motivada pelo reencontro dos Caçadores o que não ocorria já por algum tempo. Foi uma bela contribuição do 1o/14o.
"POXA"
Poxa, como foi bacana reunir de novo
Curtir um chope junto com meu povo
Rever a Caça como eu acho bom
Lá'laiá áiá...
Como vibrei, rever amigos todos em uma semana
Lembrando tempos idos que tanto se ama
Cantando o Cancioneiro com o mesmo ardor
Lá laiá laiá...
Poxa para nos unir se faz difícil um pouco
Com tanta areia estou ficando louco pra te perpetuar, só mesmo uma canção
Lá laiá laiá...
TAC(1) tens lugar em nossos corações
CANCIONEIRO DA CAÇA
"AS ÁGUIAS VÃO VOAR"
Como não podia deixar de ser, a Turma de Aspirantes de 1964 também deixou uma contribuição anônima com a canção "As Águias vão voar".
"AS ÁGUIAS VÃO VOAR"
As águias vão rolar
Partida fria pra palheta(1) não quebrar
Pisa no freio e dá motor bem devagar
Para bequilha não enrolar
Deixa as águias rolar
As águias vão rolar
Cabide(2) cheio eu não quero nem olhar
Aperte o dedo no gatilho e no botão
E manda brasa, lá no "Vandão"(3)
Deixa as águias voar
Se no primeiro passe(4) eu fizer "foul"
E por isso o Barrica(5) me expulsar
Na moita eu vou pensando ao regressar
Foi o Villaça ou Salazar(6)
Deixa as águias pousar
As águias vão pousar
Pilofe(7) torto eu não quero ver puxar
A turma toda lá em baixo a marretar
Aperta a curva pra não espirrar(8)
Deixa as águias pousar.
CANCIONEIRO DA CAÇA
"PIF-PAF"
O então Tenente Antônio Henrique Alves dos Santos dedilhava ao piano uma versão do "Passarinho do Relógio", falando do Pinguim, símbolo do 2o Esquadrão, que só queria voar, além de outras passagens de tempo do Estágio de Seleção de Piloto de Caça (E.S.P.C.) nos anos de 1946 e 1947.
A partir da metade, a música entrava em rítmo de valsa, assim prosseguindo, para depois terminar no compasso inicial.
Pif-paf, pif-paf, pif-paf
"Primave"(1) chama, e o Pingüim diz nem te ligo...
Ainda não é hora de aterrar, e o Pingüim só quer voar
e não quer nada contigo.
Pacau de Ouros briga com Pacau de Paus
Pacau de Espadas só dá cavalo de pau
Enquanto a turma lá na Base vai brigando, quá-quá-quá
Pacau de Copas... Ia-ram-Ia-ram, Ia-ram-la-ram...
Quem me ensinou a voar
Foi o avestruz que veio da briga
Quem me ensinou a "estreifar"(2)
Foi o avestruz que sabe atirar
Mas agora que eu sei...
Eu quero ver yoyô, eu quero ver yayá
Eu quero ver quem vai me segurar
Pif-paf, pif-paf, pif-paf
OK "Primave" já vou aterrar
Notas explicativas:
CANCIONEIRO DA CAÇA
"COMANDO DE CAÇA"
Uma valsa italiana, falando sobre a Torre de Pisa, foi adaptada pelo pessoal da Caça, lá pelo ano de 1946.
Já naquela época tomava corpo a idéia de se criar um "comando geral" para a Aviação de Caça, entretanto, restou-nos a seguinte música:
"COMANDO DE CAÇA"
"Presentes aqui a viver, a brigar, a voar, a lutar, a caçar,
Poderemos um dia, orgulhosos contar
Desta Base, a história, que é o berço da Caça no nosso Brasil.
E um dia pedir do Caçador o ideal
Avante Piloto de Caça, que voa, que luta, que tem ideal.
Avante Piloto de Caça, Jambock, Pinguim, Pif-Paf, Pacau.
Depois de tanta luta, tanto trabalho
Só uma coisa nos satisfará, que será, que será, que será!
Queremos Comando da Caça, Comando da Caça queremos criar.
Queremos Comando da Caça, Comando da Caça queremos criar".