HISTÓRICO DAS UNIDADES DE CAÇA
Nesta página descreve-se o histórico das Unidades de Caça da Força Aérea Brasileira, seus códigos de chamada "código-rádio1" e algumas histórias relacionadas à criação das Unidades.
Segue-se, pela ordem, os históricos:
- da ABRA-PC, associação criada em 1995 com a finalidade de promover a integração entre os caçadores da FAB e preservar a história e as tradições da Aviação de Caça.
- da III Força Aérea (nosso "Comando da Caça"), organização desativada em 2017, que por 28 anos comandou efetivamente todas as Unidades de Caça da FAB, e ao qual tanto devemos pelo aprimoramento profissional e pela sólida base doutrinária desenvolvida na Caça.
- dos esquadrões, na ordem cronológica de criação como Unidade de Caça, ou de atribuição com essa missão (Caça).
1 - O código-rádio de uma Unidade Aérea guarda estreita relação com o nome adotado pela mesma, e que a identifica. Dele derivam os códigos de chamada dos pilotos, composto do código da UAe seguido de um número sequencial intransferível, atribuído ao caçador quando da sua apresentação no Esquadrão de Caça.
ABRA-PC
HISTÓRICO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PILOTOS DE CAÇA ABRA-PC A Associação Brasileira de Pilotos de Caça (ABRA-PC) foi fundada em 10 de agosto de 1995, em assembleia realizada na Base Aérea de Natal (BANT), por ocasião do Torneio da Aviação de Caça (TAC 95) ali realizado, aproveitando a presença de todas as Unidades de Caça da FAB na competição A ABRA-PC foi fundada com a adesão inicial de 102 caçadores sócios, da ativa e da reserva, conforme a ATA da sessão extraordinária que a ratificou, datada de 11/08/95. A ABRA-PC é uma associação civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, de caráter cultural, recreativo e social, com sede na Praça Marechal Âncora, número 15-A, Centro, tendo como foro a cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Tem por finalidade estreitar os laços de união e solidariedade entre os Pilotos de Caça da Força Aérea Brasileira, em especial os da reserva e reformados, e entre estes e os demais formados em outras Forças Armadas, nacionais ou estrangeiras, buscando estimular e preservar as tradições e o espírito de corpo, bem como promover a interação entre os associados e a Força Aérea Brasileira. O primeiro presidente da associação, e seu idealizador, foi o Maj.-Brig. Lauro Ney Menezes Nota: A feliz escolha da sigla ABRA-PC, também significa a ordem de comando do líder: -"LIGUE A PÓS-COMBUSTÃO"! (ABRA o P.C.!), indicando que a esquadrilha vai à CAÇA! |
3ª Força Aérea (III FAE)
HISTÓRICO DA III FORÇA AÉREA III FAE Comando Aéreo ativado em 05 de agosto de 1991. A Terceira Força Aérea (III FAE) foi ativada em 04 ABR 1989, ainda como Núcleo (Nu III FAE), atendendo a imperativos decorrentes do aprimoramento do emprego operacional da Arma Aérea. O Cel. Av. Silvio Brasil Gadelha, ex-chefe do GECOA foi designado para responder pelo comando do Nu III FAE a partir de 22 MAI 1989. Através da Portaria 301/GM1, de 17 ABR 1990 foi designado (primeiro) comandante do NU III FAE o Cel. Av. Henrique Marini e Souza. Numa sucessão lógica e rápida, a III FAE passou de quatro para onze Unidades Aéreas subordinadas, entre julho de 1993 e abril de 1995. Entre 2001 e 2002 o total de Unidades Aéreas aumentou para doze e em novembro de 2005 atingiu treze Unidades. A III FAE foi desativada em 12 de janeiro de 2017. Integravam-na, na ocasião, as seguintes Unidades Aéreas:
Essa união de forças culminou na mais poderosa combinação de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira sob comando único. CADASTRO HISTÓRICO 1 - Denominação final: Terceira Força Aérea (III FAE) 2 - Subordinação direta: Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) 3 - Localização: Rodovia DF 001 Km 56 - Gama - DF 4 - Ato de criação da OM: Portaria nº S-003/GM3, de 04 ABR 1989 (Nu III FAE) e Portaria nº S-001/GM3, de 05 AGO 1991 (III FAE) 5 - Denominações dadas à OM desde a sua criação: Núcleo da Terceira Força Aérea (Nu III FAE) 6 - Comandantes, diretores ou chefes e respectivas gestões: Núcleo da Terceira Força Aérea (Nu III FAE): Cel Av Henrique Marini e Souza - 17 ABR 90 a 05 AGO 91; Terceira Força Aérea (III FAE): Brig Ar Henrique Marini e Souza - 05 AGO 91 a 02 AGO 93, Brig Ar Márcio Bhering Cardoso - o2 AGO 93 a 22 AGO 95, Maj Brig Ar Manoel Carlos Pereira - 22 AGO 95 a 03 DEZ 97, Maj Brig Ar Adalberto de Rezende Rocha - 03 DEZ 97 a 10 AGO 99, Brig Ar Roberto Pimenta Ribeiro - 10 AGO 99 a 30 NOV 01, Brig Ar João Manoel Sandim de Rezende - 30 NOV 01 a 15 JAN 04, Maj Brig Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier - 15 JAN 04 a 04 AGO 05, Maj Brig Ar Nivaldo Luiz Rossato - 04 AGO 05 a 09 ABR 07, Brig Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira - 09ABR 07 a --------, Brig Ar Antonio Carlos Egito do Amaral - ----------- a 05 FEV 10, Brig Ar Antonio Carlos Moretti bermudez- 05 FEV 10 a 24 MAR 11, Brig Ar Paulo Érico Santos de Oliveira - 24 MAR 11 a 03 ABR 13, Brig Ar Luiz Fernando de Aguiar - 03 ABR 13 a 16 JAN 14, Brig Ar Mário Luiz da Silva Jordão - 16 JAN 14 a 07 ABR 15, Brig Ar fernando Almeida Riomar - 07 ABR 15 a 12 JAN 17. 7 - Missão da OM: Planejar, no seu nível, o aparelhamento, o preparo e o emprego das Unidades Aéreas subordinadas em missões específica, em proveito das: a) Operações Aerotáticas, predominantemente de forma integrada com as Forças de Superfície; b) Operações de Defesa Aeroespacial, na execução de ações de Defesa Aérea, sob controle operacional do COMDABRA; c) Operações aeroestratégicas; e d) Operações Especiais, de forma independente, conjunta ou combinadas com as Forças de Superfície, em situações de paz ou de conflito. 8 - Emblema da OM: (ver na página BOLACHAS, deste site) ------------------------------------///--------------------------------- |
1º Grupo de Caça e 1º/1º GpAvCa (Grupo / Esquadrão JAMBOCK)
HISTÓRICO DO 1º GRUPO DE CAÇA E DO PRIMEIRO ESQUADRÃO DO 1o GRUPO DE CAÇA GRUPO E ESQUADRÃO "SENTA A PÚA"
I - Introdução (As Unidades de Caça em Santa Cruz entre 1944-1953) Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o 1o Grupo de Caça (e também o 2o Grupo de Caça) foi criado com a estrutura de um esquadrão, composto por quatro esquadrilhas (Verde, Amarela, Azul e Vermelha). E desse modo ele operou até 1949, quando houve a reestruturação na forma de um Grupo de Caça com dois esquadrões (1o/1o GpAvCa e 2o/1o GpAvCa). O 1o Grupo de Caça, ao retornar da campanha da Itália para Santa Cruz, em 1945, já encontrou ali o 2o Grupo de Caça, transferido de NT, e operando com aviões P-40 que vieram dos Grupos Monoposto-Monomotor de Natal e Recife. Em fevereiro de 1946 foi implantado em SC o Estágio de Seleção de Pilotos de Caça (ESPC), sob a responsabilidade do 2º/1º GpAvCa, e destinado a selecionar os aspirantes aviadores formados na Escola de Aeronáutica dos Afonsos para a Aviação de Caça, utilizando aeronaves North American T-6 provenientes do estágio avançado daquela escola. O 2o Grupo de Caça tinha a missão de adestramento avançado dos pilotos de Caça selecionados naquele Estágio, já empregando os aviões P-47. Cabe ressaltar que o ESPC não tinha uma estrutura operacional (Cmt., Opr. etc). Era mesmo apenas um Estágio, e dessa forma, o Cmt do Grupo também era o do ESPC, assim como os Cmt das Esquadrilhas do Grupo também o eram. O ESPC adotou o código de chamada PACAU, por sugestão do, então, Cap.-Av. Délio (Ten.-Brig. Délio Jardim de Mattos). Esse código, após ser utilizado posteriormente pelo 3o/1o GpAvCa em SC e, após, pelo 2o/5o GAv, em NT, iria ter como destino final o 1o/4o GAv, em FZ, adotado por seu Cmt., Maj. Berthier, quando esse Esquadrão se tornou Unidade de Caça, em 1956. Com a reestruturação da FAB através do Decreto nº 22.802, de 24/03/47, o 1o e o 2o Grupos de Aviação de Caça passaram a ser denominados 1o e 2o esquadrões do 9o GAv, respectivamente. No entanto, em 14/10/49, o Decreto nº 3,302 novamente denominou esses esquadrões como 1o/1o GpAvCa e 2o/1o GpAvCa., do 1o Grupo de Caça. Pouco depois, pela Portaria nº 19, de 19 Dez. 1950, foi criado o 3º/1º GpAvCa, que significava, na prática, a transformação do ESPC nesse Esquadrão, operando com T-6 e P-47 para a formação dos novos pilotos de caça, e liberando o 2º/1º GpAvCa dessa atribuição, que já acontecia após a reestruturação do 1o GpAvCa em 1949. O 3o/1o GpAvCa incorporou do ESPC o código de chamada PACAU. E como o ESPC nunca teve uma bolacha que o identificasse (utilizava a do PIF-PAF), o Ten. Atíllio Bochetti desenhou um emblema para o recém-criado esquadrão. Ressalta-se que ele desenhou também a bolacha do 2o Grupo de Caça (PIF-PAF), que viria a se tornar a bolacha do 2º/1º GAvCa na reestruturação dos Grupos em 1949. De modo semelhante, a bolacha do 1º GAvCa passaria a ser a do 1º/1º GAvCa. Em janeiro de 1952, os três esquadrões do 1º Grupo de Aviação de Caça, que até então eram de fato vinculados diretamente ao A-3 da Base Aérea de Santa Cruz, passaram à subordinação efetiva do Grupo. Em nova reestruturação, o 3o/1o GpAvCa veio a ser extinto em 11 de fevereiro de 1954, redistribuindo seus meios aéreos prioritariamente para o 2º/5º GAv, em NT, ativado pela Portaria Reservada nº38, de 17/09/53, como Unidade de instrução de Caça, responsável pela formação dos novos caçadores da FAB. A nova Unidade herdou o código de chamada (PACAU) e bolacha do 3o/1o GpAvCa. E a BASC, dessa data em diante, passou sediar apenas o 1o Grupo de Caça e seus dois esquadrões. II - Origem do 1o Grupo de Caça e do 1o Esquadrão do 1o Grupo de Caça Unidade de Caça criada em 18 de dezembro de 1943. Primeira Unidade de Caça da Força Aérea Brasileira. Logo após ser criado, o 1o GpAvCa deslocou-se para Aguadulce, no Panamá, onde realizou treinamento intensivo de seu efetivo na aeronave P-40 e depois em Suffolk, nos EUA, onde complementou o treinamento em P-47. Seguiu, após, para o Teatro de Operações na Itália, aonde chegou em 06 de outubro de 1944, no porto de Livorno, passando a operar no TO em 31 de outubro de 1944, a partir da Base Aérea de Tarquínia, com seus P-47 Thunderbolt, subordinado ao 350th Fighter Group. Cabe ressaltar que a organização do 1o Grupo de Caça era equivalente à de um esquadrão, no Brasil, estruturado com 4 esquadrilhas (Verde, Amarela, Azul e vermelha), à semelhança dos demais Grupos americanos subordinados àquele Comando. Em 21 de novembro de 1944 o 1o GpAvCa deslocou-se para a Base Aérea de San Giusto, em Pisa, onde permaneceu até o final da guerra, saindo do porto de Nápoles para o Brasil em 26 de junho de 1945. O Cel. Nero Moura, Cmt do Grupo de Caça, pousou no Campo dos Afonsos em 16 de julho de 1945, liderando um esquadrão com 19 P-47, encerrando a participação do 1o GpAvCa naquele conflito, escrevendo páginas de glória com o sangue e suor de nossos veteranos, para sempre lembrados! Após o regresso, o 1o GpAvCa, baseado na Base Aérea de Santa Cruz, continuou a operar como unidade operacional de Caça, com aeronaves P-47. Em 24 de Março de 1947, o decreto No 22.802, que reorganizava as Unidades Aéreas da FAB, transformou-o no 1o/9o Grupo de Aviação, e o 2o Grupo de Aviação de Caça, também sediado na BASC, passou a ser o 2o/9o Grupo de Aviação. Posteriormente, pelo decreto No 27.313 de 14 de outubro de 1949, devido aos insistentes pedidos dos caçadores e, principalmente dos veteranos da Itália, o 9o Grupo de Aviação voltou a ser 1o Grupo de Aviação de Caça, com dois esquadrões a ele subordinados: o 1o/1o Grupo de Aviação de Caça e o 2o/1o Grupo de Aviação de Caça. Com essa reorganização, o 1o Grupo de Caça passou a centralizar a função de comando imediato, administrativo e operacional, de ambos os Esquadrões e o 1o/1o GpAvCa a ser o detentor de todos os meios do 1o Grupo de Caça, inclusive a heráldica, símbolo ("bolacha") e código-rádio. O mesmo aconteceu com o 2o/1o GpAvCa em relação ao 2o Grupo de Caça. III - Origem do "Grito de Guerra" e do Código JAMBOCK O Grito de Guerra "Senta a Púa!" foi lembrado pelo então Ten. Rui Moreira Lima que o ouvia, constantemente, quando servia na Base Aérea de Salvador. Ouvira-o do então Capitão Aviador Firmino Alves de Araújo (falecido como Brigadeiro do Ar) que, com essa expressão - pronunciada de modo impulsivo - concitava os companheiros e subordinados ao cumprimento rápido das missões e ordens que dele recebiam. Nada melhor, portanto, que aplicá-lo ao combate, como o "A la Chasse!" dos franceses e o "Tally Ho!" dos ingleses e americanos. III-a - O Código JAMBOCK Quando o 1o Grupo de Caça chegou à Itália passou imediatamente ao comando de 350o Grupo de Caça americano (350th Fighter Group). Em Tarquínia, Itália, recebeu o nome de código com que iria operar até o fim de guerra: Jambock. O 350th tinha sob seu controle operacional quatro Esquadrões de Caça, sendo três americanos e um brasileiro. Naquela ocasião, um Grupo de Caça na Força Aérea Brasileira, correspondia a um Esquadrão de Caça ou "Fighter Squadron" na "United States Army Air Force" (USAAF). Assim, durante nossas operações de guerra, éramos no 350th, o 1st "Brazilian Fighter Squadron" e outros dois esquadrões: o 345th e o 347th . Cada um tinha seu nome de código (code name), sendo todos obrigados a usá-lo em qualquer espécie de voo. O procedimento é internacional. Alemães, japoneses, russos, franceses, ingleses, enfim, qualquer Força Aérea no mundo adota esse sistema. De um modo geral há um código de identificação do esquadrão, seguido de uma cor para cada Esquadrilha é um número para o piloto. Eu, por exemplo, me identificava na Itália como "Jambock Green Two (Jambock verde dois)". - "Sr. Light, Jambock é uma palavra dos senhores, era nosso nome de código na Itália, e quer dizer chicote." - "Não, Coronel Rui, essa palavra não existe nos dicionários tradicionais como Michaelis e Webster. Já a procurei. Acho que o senhor está enganado." Respondi-lhe em tom de brincadeira que, se morresse naquele instante, "passaria a melhor" jurando que Jambock era chicote. Depois de algumas considerações, o Sr. Light se propôs a investigar o verdadeiro significado daquela mágica palavra. A pesquisa tinha outro rumo, agradeci e resolvi continuá-la indo ao Consulado da África do Sul no Rio de Janeiro. Ali constatei que a palavra teve origem na Indonésia. Havia uma vara de madeira para castigar escravos, chamada por eles de Sambok. Posteriormente, a palavra e o instrumento de tortura emigraram para a Malásia. Quando os escravos malaios foram levados pelos ingleses para a África do Sul, introduziram o Sambok na língua afrikaan, em 1804, com a mesma grafia. Os sul-africanos brancos passaram a adotá-la em seu vocabulário escrevendo-a de modo diferente: Sjambok. A palavra é encontrada no pequeno Dicionário Oxford (inglês-afrikaan), edição atual, escrita em 1804: Sjambok. Naquele país,l o Sjambok de madeira foi substituído por um chicote feito com couro de rinoceronte ou hipopótamo velho, utilizado como instrumento de tortura contra escravos. Hoje, alguns fazendeiros conservadores ainda usam o Sjambok para castigar os filhos e os empregados que cometem pequenas faltas.
* Depoimento do Maj. Brig. (Ref.) Rui Barbosa Moreira Lima - Veterano de Guerra - 94 missões de guerra. |
2º/1º GpAvCa (Esquadrão PIF-PAF)
HISTÓRICO DO 2o ESQUADRÃO DO 1o GRUPO DE AVIAÇÃO DE CAÇA ESQUADRÃO "PIF-PAF" I - Origem Unidade de Caça criada em 14 de outubro de 1949. Tem sua origem no 2o Grupo de Caça, criado em 17 de agosto de 1944. Esse Grupo foi criado inicialmente para a formação de pilotos de Caça para combater no TO do Pacífico junto com as orças norte-americanas na SGM. Não obstante tal não veio a ocorrer por fatores diversos. A criação do 2o/1o GpAvCa tem sua origem no 2o Grupo de Aviação de Caça criado pelo Decreto No 6.796, de 17 de agosto de 1944, com sede na Base de Natal. Transferido para a Base Aérea de Santa Cruz, pelo Decreto-lei No 6.926, de 5 de outubro de 1944, o 2o Grupo de Caça passou a integrar o 1o Regimento de Aviação (1o R.Av.). Era equipado com aviões Curtiss P-40E/K/M/N. Formou um grupo de 29 pilotos de caça, dentre os que integraram outro grupo de pilotos que ficou conhecido como os "33 do PACÍFICO". Para isso foi ativada uma unidade dentro do 2o Grupo de Caça, USBATU (United States-Brazil Air Training Unit), a quem coube esse treinamento, orientado e dirigido por oficiais da USAAF (Força Aérea do Exército dos Estados Unidos), recém-chegados dos teatros de operações da 2a Guerra Mundial. Com o regresso do 1o Grupo de Aviação de Caça (1o Gp. Av. Ca.), em julho de 1945, o 2o Grupo de Caça teve seu comando substituído por oficiais veteranos da Campanha da Itália, que assumiram as funções de Comandante, Oficial de Operações e Comandantes das esquadrilhas, até que, com a chegada dos Republic P-47D25/27/28/30, vindos da Europa, seu material foi substituído e seus Curtiss P-40 transferidos para o 3o Grupo de Caça. sediado em Porto Alegre. No início de 1946, 36 aspirantes (sendo um da Reserva) foram classificados no 1o Regimento de Aviação (Santa Cruz) para realizar o curso de Caça. Ao 2o Grupo de Caça (2o Gp. Ca.) coube a missão de UNIDADE DE TREINAMENTO desses aspirantes aviadores1, tarefa pela qual continuou responsável até 1953. Com essa missão tinha também sob seu encargo o Estágio de Seleção para Pilotos de Caça (ESPC) que já funcionava em Santa Cruz com aviões North American AT-6 desce 1946, complementando a instrução da Escola de Aeronáutica, até o solo no P-47. Como Esquadrão de Instrução, sua dotação era:
O 2o Grupo de Aviação de Caça mudou de nome duas vezes. Em 24 de Março de 1947, o decreto No 22.802 transformou-o no 2o/9o Grupo de Aviação, e o 1o Grupo de Aviação de Caça passou a ser o 1o/9o Grupo de Aviação, ambos sediados na Base Aérea de Santa Cruz. Posteriormente, pelo decreto No 27.313, de 14 de Outubro de 1949, devido aos insistentes pedidos dos caçadores e, principalmente, dos veteranos da Itália, o 9o Grupo de Aviação voltou a ser 1o Grupo de Aviação de Caça, agora com dois esquadrões: o 1o/1o Grupo de Aviação de Caça (Ex-1o Grupo de Aviação de Caça) e o 2o/1o Grupo de Aviação de Caça (Ex-2o Grupo de Aviação de Caça). Nota 1 - Desses 36 aspirantes aviadores, 18 concluíram o curso com sucesso.
II - Origem do código PIF-PAF * Em antiguidade, o 2o código-rádio criado, após o Jambock. Na década de 40, três jogos de cartas eram comuns, entre os pilotos, como distração nos cassinos de oficiais; o BURACO, a CANASTRA e o PIF-PAF. Foi no final do ano de 1945, quando os veteranos da Itália assumiram o comando do 2o Grupo de Caça, que se fez sentir a necessidade de um código de identificação da unidade. A escolha do PIF-PAF foi fácil, não só por estar na boca de todos, como por sua sonoridade no rádio, tornando-o compreensível na comunicação em voo. Como consequência imediata, a adoção dos quatro naipes para identificar as esquadrilhas foi uma decorrência lógica:
Nota: Este é o segundo mais antigo código de Unidade Aérea da FAB, tendo completado 53 anos de existência. e uso ininterrupto, em agosto/setembro de 1999. |
1º/14º GAv (Esquadrão PAMPA)
HISTÓRICO DO 1o ESQUADRÃO DO 14o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "PAMPA" I- Origem Unidade de Caça criada em 24 de março de 1947. Tem sua origem no 3o Grupo de Aviação de Caça, criado em 17 de agosto de 1944. Em maio de 1937 ficaram prontas as primeiras instalações destinadas ao Terceiro Regimento de Aviação (3o R.Av.) no Bairro de Canoas, em Porto Alegre (R.S.). Em 9 de agosto de 1937 este Regimento se transfere definitivamente de Santa Maria da Boca do Monte (R.S.) para Canoas. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, pelo Decreto Lei no 2.961, o 3o R.Av. foi incorporado às Forças Aéreas Nacionais, as quais, em 22 de maio de 1941, passaram a se denominar Força Aérea Brasileira. Antes de receber a atual designação o Esquadrão teve, em 17 de agosto de 1944, a designação de 3o Grupo de Aviação de Caça (3o Gp.Av.Ca.) e finalmente em 24 de março de 1947 passou a denominar-se 1o Esquadrão do 14o Grupo de Aviação (1o/14o G.Av.). Interessante ressaltar que, apesar da designação Grupo, a organização operativa da Unidade Aérea era, assim como eram os Grupos de Caça em SC, de um esquadrão, estabelecendo naquele decreto de ativação sua composição com duas (!) esquadrilhas. Assinala-se também que, logo após a SGM, em dezembro de 1945, foi criado o 4o Grupo de Caça em Gravataí (CO), de curtíssima duração, que dividiu como o 3o Gp.Av.Ca. os P-40 provenientes da extinção do 1º Grupo Misto de Aviação, em NT. Em 1946 o 4º GAvCa foi extinto e seus meios aéreos foram remanejados para o 3º GAvCa. Em sua história, o Esquadrão "Pampa" operou as seguintes aeronaves:
Nota 1: Extraído do livro "Os primeiros Anos do 1o/14o Grupo de Aviação", do Brig.-do-Ar. Ref. Marion de Oliveira Peixoto.
II - Origem do Código PAMPA * Em antiguidade, o 4o código-rádio criado, após o Jambock, Pif-Paf e Pacau. Segundo depoimentos de ex-integrantes, foi somente por volta de 1948 que a Unidade passou a ter código-rádio. Não há registros ou documentos conhecidos de como era feita a chamada-rádio antes de 1948, apesar de voos regulares de Caça terem ocorrido desde janeiro de 1945. Alguns se lembram de um código-rádio, mas não de qual era – e isso faz sentido, pois não havia um controle de tráfego aéreo como hoje, na forma de um APP ou ACC. A necessidade de ter um código-rádio oficial veio não só do aumento da complexidade dos voos, mas para diferenciar a Unidade nas operações da FAB – leia-se uma rivalidade com outras Unidades, em especial o 1° GAVCA. E assim foi adotado o código PAMPA. E porque? Simplesmente por ser uma Unidade Aérea gaúcha, do Sul, e que voava sobre o Pampa Gaúcho. Simples assim. Não se tem como precisar, e datar, essa decisão por algum documento – já que não deve ter sido registrado, mas pelo que se sabe a denominação "Esquadrão Pampa" nasceu em 1948, pouco depois de a Unidade ter sido renomeada 1°/14° GAV em março de 1947. P-40 A primeira esquadrilha criada foi a “Pampa Vermelho” que é o mais antigo código-rádio da Unidade, conhecido desde março/abril de 1948. Porque "Vermelho"? Porque todo esquadrão de Caça que se preze tinha uma esquadrilha vermelha! Como o P-40 existia em abundância em Gravataí (SBGI*) foram adotadas as esquadrilhas Azul, Verde, Vermelha e Branco.
* Até 1975 SBCO era SBGI, mas isto é outra história.
Em 1951 foi feita uma reorganização, e a Unidade passou a ter esquadrilhas da cor da bandeira (AZ/AM/BR/VD) que eram pintadas nas aeronaves com o "spinner" do P-40 na cor da esquadrilha. Em 1953 foi feita uma nova reorganização e passaram ser AZ/BR/PR/VM, novamente, com cada aeronave tendo o spinner, a ponta da asa e uma faixa na fuselagem na cor da esquadrilha. O P-40 líder tinha a faixa de todas as esquadrilhas na fuselagem e no spinner, e era chamado de “Colorido Uno”, código de chamada que era usado no contato-rádio, segundo consta. Ao longo dos anos as cores das esquadrilhas foram variando, mas sempre o Código Pampa foi mantido. No Gloster era AZ/VM/BR/PR (Cmt). AT-3 No TF-33, as cores das esquadrilhas eram AZ/BR/VM e, em algum momento, também PR (Cmt), mas o padrão era as três cores (esquadrilhas). Foi em 1967 que surgiu o cruzeiro do sul. F-5 No F-5 1° Lote foi mantido o tradicional AZ/BR/VM - exceto no início dos anos 1980 que passou a ser as cores da bandeira, AZ/VD/AM. Porém, logo voltaram a ser AZ/BR/VM. Em 1987 surgiu o Pampa Negro - referente aos voos de Guerra eletrônica que perduraram até 1995. Com o 2° lote (1988) se mantiveram as tradicionais.T-27 Em 1990 com a chegada dos AT-27 Tucano, surge o código rádio “Pampeiro” associado às três esquadrilhas tradicionais AZ, BR, VM. Como o nome era muito parecido com o Pampa, e por vezes confundia os órgãos de tráfego aéreo, ele foi trocado em 1991 por “Romano”, outra alcunha do “14”. F-5M Inicialmente AZ/BR/VM em 2005. O retorno do “Pampa Negro” é oriundo do tempo dos F-8. A unidade também adotou o código “Mig” faz alguns anos, nos voos de combate para simular inimigos (agressores) aos Pampas em Programa de Formação Operacional ou treinamento.Nota: Esse item (Código-Rádio) foi baseado em informações do Sr. José Leandro Poerschke Casella, autor do livro “Northrop F-5 no Brasil/in Brazil” e reconhecido jornalista. |
2º/5º GAv (Esquadrão JOKER)
ara compreender um pouco mais sobre a história do 2º/5º GAv:
HISTÓRICO DO 2o ESQUADRÃO DO 5o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "JOKER" * I - Origem Unidade de Caça ativada em 17 de setembro de 1953. O 2o/5o GAv foi criado pelo Aviso Ministerial nº 039, de 16 de dezembro de 1947. Por restrições operacionais, foi ativado somente em 17 de setembro de 1953 pela Portaria nº R-38, como uma Unidade de Caça, incorporando as aeronaves Republic F-47 Thunderbolt em 06 de novembro de 1953. Operou como Unidade de Caça até 07 de dezembro de 1956. Assumiu outras missões após essa data. Foi desativado em 1970 e reativado mais tarde, em 1981. Voltou a ser Unidade de Caça em 1983. A presença do avião de caça no Rio Grande do Norte vem de longa data. Em verdade ela se inicia com a criação da própria Base Aérea de Natal em 01 de agosto de 1942, quando foi sediada uma Unidade de aviões P-40 ("Tomahawk", mais conhecido como "Tigre Voador"). Era o "Agrupamento de Aviões P-40" que, a partir de 24 de dezembro de 1942, seria denominado "Grupo Monoposto-Monomotor". Mais ou menos na mesma época também passaram a operar em Natal alguns aviões Curtiss P-36 transferidos da Base Aérea de Recife, onde também funcionava um Esquadrão de P-36/P-40 (Grupo Monoposto-Monomotor). Entretanto, embora os aviões fossem de Caça, não se pode efetivamente considerar que a missão também o fosse, pois em verdade os P-40 foram, prioritariamente, utilizados em missões de "Cobertura Aérea" aos navios mercantes brasileiros quando do início da campanha contra submarinos inimigos nas águas territoriais brasileiras. Passa o tempo, e em 17 de agosto de 1944 é criado o 2o Grupo de Aviação de Caça (o 1o Grupo havia sido criado em 18 de dezembro de 1943), o qual logo é transferido e efetivamente ativado em Santa Cruz (Rio de Janeiro) com os P-40 de Natal e Recife, que operavam nos respectivos Grupos Monoposto-Monomotor. A Base Aérea de Natal passa então a ser sede do 5o Grupo de Bombardeio Médio (BM), tendo como um de seus pilotos o então 1o Ten. Av. José Carlos Teixeira Rocha, que não havia conseguido uma vaga como voluntário para o 1o Grupo de Caça e que mais tarde viria a ser o primeiro Comandante do 2o/5o G.Av. Anteriormente, entretanto, os P-40 de Natal já haviam marcado, de forma expressiva, a sua contribuição com os seguintes oficiais, para compor o efetivo de pilotos que iriam combater na Itália:
O 2o/5o GAv, previsto pelo Aviso Ministerial no 039, de 16 de dezembro de 1947 somente veio a ser ativado em 17 de setembro de 1953, pela Portaria no R-38, iniciando o efetivo período da Aviação de Caça (como missão de caça) em NT, com a chegada àquela cidade, precisamente às 17:00 horas do dia 6 de novembro de 1953, dos nove primeiros aviões F-47 "Thunderbolt" oriundos da Base Aérea de Santa Cruz, liderados pelo Maj.-Av. José Carlos Teixeira Rocha, uma vez que a iminente implantação dos jatos F-8 "Gloster Meteor", no 1o Grupo de Caça obrigara a transferência dos F-47 para NT. Deste modo, chegaram a Natal aqueles que dariam continuidade, agora no Nordeste, à nobre missão de formar os Pilotos de Caça da Força Aérea Brasileira. Traziam consigo o código-rádio PACAU e a bolacha do 3o/1o GAvCa (desativado em 1954), tendo essa última recebido alguns "ajustes" em seu desenho original pelo próprio autor: Maj. Fortunato. O 3o/1o Grupo de Aviação de Caça, desativado em 11 de fevereiro de 1954 havia herdado a missão e o código-rádio do ESPC (Estágio de Seleção de Pilotos de Caça), que realizara a missão de formar nossos Caçadores (em verdade selecionando-os para fazerem o curso no F-47) até 1950, também em Santa Cruz, com as aeronaves T-6 (Texan). O novo Esquadrão, agora denominado 2o Esquadrão do 5o Grupo de Aviação (2o/5o GAv) formou, até 7 de dezembro de 1956, as turmas de Aspirantes de 1953, 1954 e 1955. Voou um total de 7.676: 00 hs de voo em P-47 nesses 3 anos Os alferes da Força Aérea Portuguesa, Luiz Fernando Almada de Oliveira e Manoel Gomes de Almeida realizaram o curso de F-47 no 2°/5° GAv em 1956, tendo sido os primeiros militares estrangeiros a estagiar na Base Aérea de Natal. No início de dezembro de 1956, por determinação ministerial, o 2o/5o GAv. transferiu seu efetivo de pilotos e seu acervo de aviões para o 1o/4o G.Av. em Fortaleza (Ceará), que por sua vez transferiu seus bombardeiros North American B-25 Mitchell para o 2o/5o GAv . Mais uma vez a Caça deixou Natal, e o código-rádio PACAU seguiu para Fortaleza. --------------------------------- Em 15 de novembro de 1956, o Exmo. Sr. Ministro da Aeronáutica ativou o 5° GAv, por meio da portaria 47/GM2, tendo como primeiro comandante o Maj. Av. Alberto da Silva Côrtes. Em 12 de dezembro de 1956, a portaria 47/GM2 atribuiu ao 2°/5° GAV, anteriormente Esquadrão de Instrução de Caça com aeronaves F-47, a missão de ministrar instrução de aeronaves bimotores (Bombardeiros). Em consequência, foram transferidas as aeronaves Douglas B-25 "Mitchel" do Esquadrão de Instrução de bimotor de Fortaleza (1o/4o GAv) para Natal. Ficou assim o 5° GAv constituído de dois esquadrões de bimotores: o 1°/5° GAv e o 2°/5° GAv. Após os B-25, que operaram até 1958, o 2o/5o GAv viria a operar as aeronaves de bombardeio Douglas B-26B/C (Invader), de transporte Morane Saulnier C-41 (Paris), T-6G (Texan) e o treinador de transporte Beech TC-45T (conhecido por "muriçoca") até 24 de fevereiro de 1970, quando o 5o GAv foi desativado pela Portaria 017/GM7, assim como a BANT, para a criação do Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM). O CFPM perdurou em NT até 1973, quando foi substituído pelo CATRE, através do Decreto nº 73.223, de 29/11/73. O CATRE tinha em sua estrutura um Grupo de Instrução Aérea (GIA) com dois esquadrões, o 1º EIA e o 2º EIA. A missão do 1º EIA era realizar a transição dos recém-formados Aspirantes da AFA em pilotos de Ataque nos AT-26, designados após para os EMRA como alas operacionais. O 2º EIA (Esquadrão Potengy) formava pilotos da reserva não remunerada como oficiais temporários em T-25 para posteriormente abastecerem a aviação civil. Eventualmente recebiam os Aspirantes desligados do curso no 1º EIA para complementação da instrução. Em 20 de fevereiro de 1975, a Caça mais uma vez retornaria para Natal, quando foi ativado o 3º EIA (Esquadrão SETA), que recebeu do 1o/4o GAv. a missão de formar nossos Pilotos de Caça. O Esquadrão SETA, mercê de desprendimento e da dedicação de seus instrutores, conseguiu a curto prazo assumir com incontestável eficiência essa tarefa, formando em Natal, entre 1975 e 1977, com aeronaves Embraer AT-26 (Xavante), as turmas de Aspirantes de 1974, 1975 e 1976. O 3º EIA foi desativado em 03 de janeiro de 1978, tendo a missão de formar os caçadores da FAB retornado para o 1o/4o GAv. Nesses 3 anos, o Esquadrão SETA formou 58 caçadores da FAB e mais 5 de Forças Aéreas amigas. Reativado logo após com outra missão, ainda em 1978, o 3º EIA veio a ser desativado definitivamente em 1979. O Esquadrão JOKER (1o EIA) permaneceu ministrando instrução para Pilotos de Ataque, em aeronaves AT-26, no CATRE, até 1980. Em 20 de outubro de 1980, a Portaria 310/GM3 desativou o GIA e suas Unidades e reativou o 5o GAv a contar de 01 de janeiro de 1981 com dois esquadrões, 1º/5º GAv (Esquadrão Rumba), com aeronaves C95 Bandeirante e o 2o/5o GAv (Esquadrão Joker), tendo este último a missão de ministrar instrução básica de AT-26 a partir dessa data. Durante o ano de 1982, mediante uma estreita integração com o 1o/4o GAv., o 2o/5o GAv. foi preparado para reassumir sua missão de formar os Caçadores da FAB. No início de 1983, o 2o/5o GAv. voltou a ser Unidade de Caça, incorporando e herdando todas as tradições trazidas de Santa Cruz e consolidadas em Natal por "Pacaus e "Setas", adotando o emblema do antigo ESPC e herdando o código-rádio JOKER, herança do 1o EIA, do CATRE. O 2o/5o GAv operou com as aeronaves AT-26 Xavante até 2004, quando foram substituídas pelos novos A-29A/B Super Tucano, que iniciaram sua operação na FAB nessa Unidade onde, além de formarem pilotos de Caça, consolidaram a doutrina e a experiência operacional no A-29 e a irradiaram para os esquadrões do 3o Grupo de Aviação.
II - Origem do Código JOKER (*) * Informações do Cel. Camazano (Historiador militar) O código-rádio "JOKER" foi criado em 1974 para código do 1º Esquadrão do GIA do CATRE, que formava os pilotos de ataque da FAB. Foi adotado pelo 2o/5o GAV, a partir de 1º de janeiro de 1981, quando este foi reativado. Veja abaixo a entrevista realizada pelo Cel. Camazano com o seu criador, o Cel.-Av. Washington Amorim: No início do ano de instrução de 1974 no Centro de Aperfeiçoamento, Treinamento e Recompletamento de Equipagens (CATRE) – Natal, provavelmente entre 08 Jan e 15 Fev 1974, os seguintes instrutores do 1º. Esquadrão de Instrução Aérea (EIA) reuniram-se para definir, entre outros assuntos, os códigos de vários itens que deveriam vigorar durante a instrução, visto que seria o primeiro ano de estágio dos Aspirantes com formação em pilotos de ataque no CATRE em aeronave AT-26 Xavante, embora ainda fosse mantida a instrução para pilotos da reserva em T-25 Universal no 2º. EIA. No ano anterior, a instrução havia sido somente para alunos do então CFPM – Centro de Formação de Pilotos Militares. Os instrutores do 1º EIA presentes à reunião foram: Cap (ou Maj) Manuel Venceslau Giesta Olmedo – Cmt 1º EIA; 1Ten Washington Amorim – Aux Operações/Cmt 1ª. Esqda; 1Ten José Marcelo da Silva Filho– Cmt 2ª. Esqda; 1Ten Paulo Cézar Conceição – Cmt 3ª. Esqda.; 1Ten Ronaldo Marcos Giordano – Cmt 4ª. Esqda. Dentre os tenentes do CATRE, esses eram os mais antigos. Os instrutores acima já estavam aptos para instrução básica e vôo por instrumentos em AT-26 desde o 2º. Semestre de 1973, quando haviam feito o curso em duas turmas com os demais tenentes no 1º/4º. GAv - Fortaleza. O Cap Altamir que seria designado Operações do Esquadrão não havia ainda feito o curso da aeronave em 1973. Somente o faria nesse início de 1974. Não tenho certeza, se estava presente na mencionada reunião. Entre os assuntos a serem discutidos, estavam os códigos do Esquadrão, o da Torre de Controle, e o do Estande de Tiro de Maxaranguape. Ao ser aberta a discussão para o código do Esquadrão, eu me pronunciei com a minha sugestão: JOKER. A razão de sugerir esse nome vinha da minha infância em que via o senhor com quem vivi por algum tempo no Rio de Janeiro jogando cartas, especificamente “Buraco”. Nas cartas que ele usava, o coringa tinha o seu desenho e o nome JOKER. Sempre achei bonito aquele nome. Anos mais tarde, ao tornar-me piloto de caça, tomei conhecimento dos códigos de alguns Esquadrões, e o nome Jambock também me despertava grande entusiasmo. E me lembrei da palavra JOKER. Quis o destino que eu tivesse a chance de sugerir esse nome para um esquadrão que estava sendo criado. O então Ten Marcelo sugeriu também o nome COBRA. Finalmente o nome JOKER foi aceito por todos, e até pelo Ten Marcelo. Nessa época, eu nem sabia que poderia ter havido outra unidade que tivesse sido chamada por esse nome, ou que tivesse sido usado em outra circunstância. A referência tinha sido somente o jogo de cartas que vira na minha infância. Para o código da Torre de Controle, foi mantido o mesmo do ano anterior, tendo em vista que haveria também instrução para pilotos da reserva, e não havia razão mudar. Preferiu-se manter a tradição. Foi também sugerido por alguém o código do Estande de Tiro, que foi aceito por todos. Posteriormente, os instrutores acima mencionados fizeram, durante o mês de Abril 1974, o curso de liderança de 2º. Elemento e de Esquadrilha na referida aeronave, ministrado em Natal por instrutores do 1º/4º GAv que vieram de Fortaleza. No final do ano de 1974, foi definido que, a partir de 1975, a seleção de pilotos de caça também seria realizada no CATRE, e assim foi criado o Esquadrão SETA para essa finalidade. Mas o nome JOKER já havia caído no gosto dos pilotos... Além do Maj Olmedo, dentre todos os instrutores de 1974, eu era o outro único piloto de caça. Assim, fui convidado para compor o futuro esquadrão SETA, mas eu já havia pedido minha transferência e não permaneci no CATRE em 1975. Rio de Janeiro, 21 Nov 2006 Amorim, W. – Cel Av R/R |
1º/4º GAv (Esquadrão PACAU)
HISTÓRICO DO 1o ESQUADRÃO DO 14o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "PACAU" I - Origem Unidade aérea criada em 29 de julho de 1947. Tornou-se Unidade de Caça a partir de 07 de dezembro de 1956. O decreto nº 22.802, de 24 de março de 1947, criou novas unidades aéreas, entre elas o 4º Grupo de Aviação, tendo como sede Fortaleza. Com isso, foi extinto o Grupo de Bombardeio Médio, que operava até então com aeronaves A-28 Hudson e B-25J. A criação do 1º Esquadrão do 4º Grupo de Aviação (1º/4º GAV) se deu através do aviso reservado nº 14, de 29 de julho de 1947. Os B-25 foram mantidos na nova Unidade. Missão – Formação, junto com o 1º/5º GAV (sediado em Natal), dos pilotos de bombardeio da Força Aérea Brasileira e desempenhar missões de bombardeio leve. Em 1956, o 1°/4° GAV foi transformado em uma unidade de treinamento de caça, tendo recebido o pessoal e os aviões P-47D Thunderbolt do 2º/5º GAV. Entretanto, uma série de acidentes e incidentes, aliados a problemas de suprimento e manutenção, forçaram a Força Aérea a suspender os voos com os P-47.
I.d - 250.000 horas de Caça
I.e - Era Xavante (1973-2010)
Nota: O Esquadrão Pacau seguiu utilizando as aeronaves AT-26 Xavante até 2010, tendo alcançado a marca de 196 mil horas de voo neste tipo de equipamento.
I.g - Desativação do 1o/4o GAV (Esquadrão PACAU)
II - Origem do código PACAU * Em antiguidade, o 3o código-rádio criado, após o Jambock e Pif-Paf. Em 7 de dezembro de 1956, por determinação ministerial, o 2o/5o GAv. transferiu seu efetivo de pilotos e seu acervo de aviões para o 1o/4o G.Av. em Fortaleza (Ceará). Mais uma vez a Caça deixou Natal e o código PACAU seguiu, definitivamente, para Fortaleza. Nota: Este histórico utilizou informações complementares do site Revista Força Aérea (RFA) e do site Força Aérea Brasileira Virtual. |
1º Grupo de Defesa Aérea (JAGUAR)
HISTÓRICO DO 1o GRUPO DE DEFESA AÉREA GRUPO "JAGUAR" Unidade de Caça criada em 11 de abril de 1979. Tem sua origem na 1a Ala de Defesa Aérea (1a ALADA), Unidade de Caça criada em 05 de abril de 1972. O Grupo Jaguar tem um passado de tradições e de inovação. A criação do primeiro esquadrão de aviões supersônicos da Força Aérea Brasileira se confunde com a própria aquisição das aeronaves Mirage. As versões adquiridas pelo Brasil, os Mirage III-EBR (monoposto) e III-DBR (duplo comando), foram desenvolvidas primariamente para missões de Defesa Aérea, embora tenham se mostrado também eficientes plataformas de ataque ao solo. As aeronaves escolhidas pela FAB, em maio de 1970, sucederam o modelo "III-C" nas linhas de produção da Fábrica Marcel Dassault. O seu motor é um ATAR-9C, cujo empuxo máximo com pós-combustão é de 13.900 libras (6.305 kg). O sistema de controle de fogo é o radar Cyrano II, totalmente integrado ao míssil ar-ar infravermelho, o Matra 530 IR. Como armamento fixo, a aeronave foi dotada de dois canhões DEFA de 30 mm. O avião também é dotado de um sistema de navegação autônoma "Doppler". Para abrigar os F-103 (designação dada pela FAB), decidiu-se pela construção de instalações na Cidade de Anápolis - Goiás, a 150 km de Brasília, centro geopolítico do país. Tal concepção visava atender aos requisitos do Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (SISDACTA) e implantar uma rede de meios eletrônicos de detecção capaz de rastrear e identificar as aeronaves que sobrevoassem nosso território. O primeiro Mirage brasileiro voou em 6 de março de 1972 na Cidade de Bordeaux, França, já ostentando o cocar da Força Aérea Brasileira. Em maio de 1972, embarcaram para a Base Aérea de Dijon, França, oito pilotos brasileiros. Eles seriam os responsáveis em adaptar-se à nova aeronave e, mais tarde, transmitir a experiência adquirida às próximas gerações de pilotos. Foram eles:
Esses oficiais foram os primeiros pilotos de aviões supersônicos do Brasil, e são respeitosamente conhecidos como "Dijon Boys" pelos atuais, como forma de homenagem à dedicação e profissionalismo demonstrados na árdua tarefa de implantar, com segurança, uma aeronave tão complexa para a época. No dia 27 de março de 1973 foi realizado o primeiro voo de F-103 no Brasil, em Anápolis, dando início às atividades aéreas da 1a Ala de Defesa Aérea (1a ALADA). A partir dessa data a Força Aérea Brasileira ingressava definitivamente na era supersônica e os Mirages eram integrados à paisagem do Planalto Central. O maior desafio na implantação talvez tenha sido o sistema de apoio logístico. Para manter os "vetores" em plenas condições de voo, a manutenção diuturna era necessária. Além do controle de suprimento e das peças de reposição, era necessária capacitação técnica dos mecânicos e o aparelhamento das oficinas. Para fazer frente a esse desafio, a 1a ALADA foi dotada de uma infraestrutura bastante ampla, como forma de garantir a continuidade das operações aéreas e de manutenção. A Ala de Defesa Aérea foi depois reestruturada, passando a ser denominada de Base Aérea de Anápolis (BAAN), sediando o 1o Grupo de Defesa Aérea (1o GDA) criado no dia 11 de abril de 1979, através do Decreto Presidencial Reservado no 4. |
3º EIA (Esquadrão SETA)
HISTÓRICO DO 3o ESQUADRÃO DE INSTRUÇÃO AÉREA ESQUADRÃO "SETA" Unidade de Caça criada em 20 de fevereiro de 1975. O Esquadrão foi desativado em 03 de janeiro de 1978. O Esquadrão SETA (3o Esquadrão de Instrução Aérea - E.I.A.), ativado em 20 de fevereiro de 1975, consolidou o retorno da formação de Pilotos de Caça em Natal (RN), com a transferência do E.S.P.C. (Estágio de Seleção de Pilotos de Caça) para o Centro de Aperfeiçoamento e Treinamento de Equipagens (CATRE), em 1975. Esse Esquadrão, desconhecido por muitos Pilotos de Caça, teve a curta duração de três anos (1975, 1976 e 1977), tendo sido desativado em 03 de janeiro de 1978, passando a formação dos Pilotos de Caça para o Esquadrão "Joker" (1o E.I.A.), após um período transitório de um ano em que essa sistemática ficou indefinida. Seu primeiro e único comandante foi o, então, Maj.-Av. José Carlos Pereira, tendo o quadro inicial de dezessete instrutores recebido o reforço de somente de mais dois oficiais no segundo ano de operação, e cedido outros dois instrutores para o 1o G.D.A. Cumpre-nos ressaltar o excepcional trabalho realizado pelos instrutores desse Esquadrão, que, cumprindo com brilhantismo a missão recebida, dedicaram-se em manter a doutrina operacional e as tradições da Aviação de Caça. |
3º/10º GAv (Esquadrão CENTAURO)
HISTÓRICO DO 3o ESQUADRÃO DO 10o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "CENTAURO" I - Origem Unidade aérea criada em 10 de novembro de 1978. Tornou-se Unidade de Caça em 31 de janeiro de 1980. Em 25 de outubro de 1977, numa reunião de Oficiais Generais da área do COMGAR, (Comando-Geral do Ar), dentre os diversos assuntos de interesse da Força Aérea que foram debatidos, um se referia especificamente à necessidade da criação de uma nova Unidade de emprego aerotático. Dada a urgência do assunto, três dias depois do comunicado ao Ministro da Aeronáutica, o COMGAR resolveu tratar da criação da nova Unidade em caráter prioritário. As aeronaves que equipariam a Unidade seriam os AT-26 XAVANTE, que foram consideradas sofisticadas demais para as funções que desempenhavam nos EMRA's (Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque) e com isso, todo o pessoal e material referente a um novo Esquadrão seriam retirados do 3º e 4º EMRA. Quanto à localização, os estudos realizados pelo EMAER (Estado-Maior da Aeronáutica) apontaram a cidade de Santa Maria - RS como sede adequada, o que possibilitaria também o desdobramento do 1º/10º GAV para a mesma cidade.
Assim, no dia 10 de novembro de 1978, surge oficialmente o 3º/10o GAV, sendo o Ten.-Cel.-Av. Humberto Cézar PAMPLONA Coelho seu primeiro Comandante. No decorrer do mês de Março de 1979, o Esquadrão chegou ao símbolo que daria a individualidade frente às demais Unidades Aéreas. Foi escolhido o "CENTAURO", uma constelação do Hemisfério Sul, que mostra a imagem de um guerreiro, metade homem, metade cavalo, com sua lança em posição de ataque. A adoção do CENTAURO serviu para regionalizar a unidade, associando-a a imagem do valoroso gaúcho, muitas vezes cognominado o Centauro dos Pampas. As estrelas de maior grandeza da constelação, ALFA, BETA E GAMA emprestaram seus nomes às três Esquadrilhas que compõem o Esquadrão. Na constelação, os guardas são as estrelas ALFA (o pé do Centauro) e BETA (o joelho) que, juntamente com o Cruzeiro do Sul, são as formações mais notáveis do nosso céu. GAMA significa a torre do arsenal.
O desafio para implantar uma nova unidade, na década de 70, no interior do Brasil, certamente não foi fácil, como ressaltou nas boas-vindas ao Esquadrão Centauro, o então Comandante da Base Aérea de Santa Maria, Cel.-Av. Jorge Frederico Bins, em frase que está registrada nas primeiras páginas do livro histórico da UAE: “Estamos cientes das dificuldades e arestas advindas de qualquer crescimento e desenvolvimento. Sabemos, entretanto, ser este o preço a pagar por aqueles que desejam sua organização em progresso contínuo.” Foram poucos e abnegados homens que, sob a liderança do Centauro 01 e com foco na evolução da FAB, implantaram as bases sólidas da Unidade nas planícies do sul. Há de se ressaltar que, do seleto grupo de 13 pilotos que formaram o primeiro quadro de tripulantes do Esquadrão, 02 deles comandaram a FAB durante 12 anos (2006-2018), o Centauro 02 - Ten Brig Saito e o Centauro 10 - Ten.-Brig. Rossato. O 3°/10° GAV nasceu e cresceu como uma família, e é por isso que os Centauros de ontem e de hoje têm muito orgulho de ter registrado em seu salão histórico a foto das esposas reunidas, costurando o primeiro estandarte da Unidade, assim como se orgulham de ter a esposa do primeiro Comandante, Sra. Marilú Gomes Pamplona, como autora da letra do hino do Esquadrão. Cabe destacar que, em novembro de 1979, no momento em que o 3º/10º GAV foi convidado a comparecer à 43ª Reunião da Aviação de Caça e ao IX Torneio da Aviação de Caça, primeiramente na qualidade de observador, logo mudado para a de efetivo participante, estava longe de imaginar o desfecho que teria o evento. Recém-criado, o Esquadrão dava seus primeiros e vacilantes passos, não tendo completado sequer um ano de ativação. Apesar disso, a nova Unidade dispôs-se a concorrer, primeiramente pelo convite e, em segundo lugar, em razão da experiência que seria adquirida por um Esquadrão ávido em atingir a plena operacionalidade. E no final da competição, o 3º/10º GAV sagrou-se vencedor do Troféu Aerotático do IX Torneio da Aviação de Caça. Em abril de 1980, o COMAT (Comando Aerotático) enviou a mensagem rádio que confirmava a elevação do Esquadrão à categoria de Unidade Operacional a partir de 30 de janeiro de 1980. Os meses e anos que se seguiram foram repletos de atividades e de missões realizadas pelo Esquadrão, dando maturidade e experiência aos seus pilotos, bem como à equipe de apoio. O Esquadrão teve suas responsabilidades aumentadas, assumindo a formação operacional dos pilotos oriundos do CATRE (Centro de Aplicações Táticas e Recompletamento de Equipagens), elevando-os à Líder de Esquadrilha de Caça, condição necessária para os pilotos que desejam ingressar nos Esquadrões de Caça de primeira linha. Além de realizar as tarefas da aviação de Caça, a Unidade manteve estreito relacionamento com a Marinha e Exército Brasileiros, realizando também missões conjuntas com o Chile, Paraguai e Argentina, além do intercâmbio nas operações MISTRAL (Força Aérea Francesa) e TIGRE (Força Aérea Americana). Durante 19 anos, as aeronaves AT-26 XAVANTE, prestaram elevado serviço ao Esquadrão, tendo voado mais de 70.000 (setenta mil) horas. Contudo, a necessidade de um novo vetor moderno resultou na sua substituição pela aeronave A-1 (AMX), caça bombardeiro desenvolvido em conjunto pelo Brasil/Itália, possuidor de qualidades necessárias a um País com nossas dimensões. Com a chegada das novas aeronaves, várias melhorias tiveram que ser realizadas, tais como: reformulação do pátio de estacionamento, preparação do laboratório para manutenção com sofisticados equipamentos eletrônicos, cursos de especialização para os futuros mecânicos, dentre outras. No dia 02 de abril de 1998, foi realizado na BASM o voo inaugural da aeronave A-1, o FAB 5534, pilotado pelo então Tenente Coronel Aviador RODOLFO da Silva Souza, Comandante do Esquadrão. Começando assim o processo de implantação e, ao mesmo tempo, iniciando-se o cronograma de desativação das aeronaves AT-26 XAVANTE, enviados ao PAMA-RF (Parque de Material Aeronáutico de Recife), a fim de serem remanejados para as outras Unidades.
Em 1999, as instalações do Esquadrão sofreram várias reformas, aumentando o conforto e principalmente a segurança da Unidade. Nessa mesma obra foram construídas as salas da Esquadrilha de Treinamento e Simulação que, em meados de 2000 recebeu o primeiro treinador da aeronave A-1, com o início das atividades em dezembro de 2000. A implantação da aeronave A-1 em elevou o Esquadrão à primeira linha da Aviação de Caça e possibilitou-o a diversos feitos. Em 2003, cinco anos após o recebimento das primeiras aeronaves, o Esquadrão Centauro quebrou o recorde de permanência em voo da Aviação de Caça brasileira. Duas aeronaves A-1 decolaram de Santa Maria para Cuiabá no Mato Grosso, onde foram reabastecidos em voo. Após essa operação, os aviões seguiram para Santarém no Pará, onde fizeram um ataque simulado ao aeroporto da cidade. Em seguida, voaram até Parintins no Amazonas, onde realizaram o segundo reabastecimento. O voo continuou até a fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa, passou pelo Rio Oiapoque, contornou o Cabo Orange e, nas proximidades de Macapá no Amapá, fez o terceiro e último reabastecimento, seguindo para Natal no Rio Grande do Norte. A permanência em voo foi de 10 horas e 5 minutos, sem pouso intermediário, perfazendo um total de 6.700 km. Em 05 de novembro de 2003, o Esquadrão foi designado para executar a interdição da pista de Caparro, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, sendo cumprida a missão com total sucesso. Em novembro de 2009, o Esquadrão Centauro foi designado para cumprir mais uma missão no exterior, participar do Exercício Salitre II, na Base Aérea Cerro Moreno localizada no Chile. Além das fronteiras do Brasil os Centauros se destacaram pelo elevado profissionalismo e representaram muito bem o país sendo destaque durante o Exercício, por ser a única unidade a cumprir 100% das saídas sem abortivas. Participaram também Esquadrões do próprio Chile, dos Estados Unidos, da França e Argentina. No primeiro semestre de 2012, o Esquadrão Centauro passou a operar o "Pod Litening III", com objetivo de desenvolver a doutrina de emprego de bombas guiadas a laser. No dia 22 de maio de 2012, o Esquadrão Centauro completou a importante marca de 90.000 horas voadas desde a sua criação em 1978, sendo aproximadamente 70.000 voadas na aeronave AT-26 e 20.000 na aeronave AMX. No dia 03 de outubro de 2013, o Esquadrão Centauro realizou o primeiro lançamento operacional de bombas guiadas a laser com munição real na Força Aérea Brasileira. Os caças A-1 decolaram da Base Aérea de Santa Maria (RS) carregando bombas BAFG 230 e MK82, todas equipadas com o "kit Lizard", que as transformam em “bombas inteligentes”. O lançamento foi realizado no estande de tiro de Saicã, a 120 km de Santa Maria. A utilização dessa tecnologia permite atingir o alvo com muito mais precisão e de uma distância maior, minimizando os riscos ao piloto e a possibilidade de danos colaterais que afetem a população e os bens civis na área de conflito. A Unidade Aérea tornou-se a responsável por desenvolver a doutrina de emprego deste armamento em conjunto com o Esquadrão Poker (1°/10° GAV) e o Esquadrão Adelphi (1º/16º GAV), todos equipados com caças A-1.
Em 16 de dezembro de 2016, conforme Portaria nº 1620/GC3, de 8 de dezembro de 2016, dentro do processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira, foi ativada a ALA 4 com o objetivo de simplificar e modernizar sua estrutura organizacional, administrativa e operacional, além de aperfeiçoar a gestão de recursos humanos, visando assim uma melhor capacitação da Força. O Esquadrão Centauro então passou a estar subordinado à essa organização. Em 19 de dezembro de 2016, a UAE recebeu as aeronaves A-1M oriundas do 1º/16º GAV, as quais passaram a ser operadas em conjunto com as aeronaves A-1 do 3° lote. Em 28 de outubro de 2019, com as novas possibilidades de emprego trazidas pela aeronave modernizada, o Esquadrão realizou o primeiro emprego de bomba laser com lançamento a 30.000ft da FAB, no qual as bombas após lançadas voaram por cerca de 55 segundos, percorrendo mais de 7km e atingiram o alvo com precisão de 3 metros. Em 17 de dezembro de 2019, o então Comandante da UAE Ten.-Cel.-Av. NICOLAS Silva Mendes, realizou o último voo da FAB em aeronave do 3° lote. Por coincidência do destino, o voo foi realizado no mesmo FAB 5534, primeiro A-1 implantado na UAE em 1998. Em 23 de fevereiro de 2020 o Esquadrão evoluiu em relação à sua Doutrina de Guerra Eletrônica ao enviar um militar para Israel, para o System Integration (Theory & Practice) for Operational Course. O curso com duração de duas semanas teve por objetivo fornecer conhecimentos teóricos e práticos relativos aos testes e à integração de sistemas de Guerra Eletrônica (GE) na aeronave A-1M. Em 24 de julho de 2021, houve o recebimento da última aeronave do ciclo de modernização do projeto AMX, o FAB5510.
Em agosto de 2021 o Esquadrão efetuou, pela primeira vez na Força Aérea Brasileira, o lançamento de Bombas Inteligentes (Lizard 230) com guiamento sendo feito através do solo por militares de Infantaria. Também em 2021 a BASM foi reativada, sendo subordinada à SEFA, incorporando as atividades administrativas da GUARNAE-SM em suporte à ALA 4 e, em 2022, como parte do aprimoramento da reestruturação da FAB, a BASM adotou uma nova estrutura incorporando novamente as Unidades Aéreas. Dessa forma, a Base Aérea de Santa Maria voltou a ser uma unidade subordinada ao COMPREP. Com isso, o Esquadrão Centauro voltou a estar subordinado diretamente à Base Aérea de Santa Maria, integrando o Grupo Operacional. Após 45 anos de elevado padrão operacional, conquistado por mais de 250 pilotos, oficiais médicos e especialistas e um grande contingente de graduados, com 100.000 horas voadas na Aviação de Caça, o 3°/10° GAV, faz parte do rol de Esquadrões de primeira linha da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Dessa forma, colocado o passado da Unidade em seu devido lugar – repositório de glórias, lutas e experiências – podemos ver hoje na Força Aérea Brasileira o legado de todas estas lutas vencidas pelo Esquadrão. Atualmente, o piloto do Centauro tem todo o seu processo de voo informatizado e organizado, começando pela programação dos sistemas de Guerra Eletrônica da aeronave, passando pelo planejamento do voo no PMA-2, o briefing e a avaliação do resultado do voo nas estações do A-1M. Diante de tudo isso, a Força Aérea tem hoje a certeza de que, quando ela necessitar de uma Unidade para cumprir com eficiência missões de emprego Ar-Solo, ela irá acionar o Esquadrão Centauro, que é a Unidade de Elite e a guardiã da doutrina de emprego Ar-Solo trazida da Itália por nossos heróis da segunda guerra. II - Origem do Código-Rádio No decorrer do mês de março de 1977, o Esquadrão chegou ao símbolo que lhe daria individualidade frente à demais unidades aéreas. Foi escolhido o "Centauro", uma constelação que envolve o "Cruzeiro do Sul" e mostra a imagem de um guerreiro, metade homem, metade cavalo, com sua lança em posição de ataque. A adoção desse símbolo serviu para regionalizar a unidade, associando-as à imagem do valoroso gaúcho, muitas vezes cognominado o "Centauro do Pampas". Sendo assim, o piloto, ao chegar ao Esquadrão recebe seu código Centauro, tornando-se membro vitalício dele. |
1º/10º GAv (Esquadrão POKER)
HISTÓRICO DO 1o ESQUADRÃO DO 10o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "POKER" Unidade Aérea criada em 24 de março de 1947. Tem sua origem no 2º Grupo de Bombardeio Picado, criado em 1944. Cabe ressaltar que a Unidade Aérea comemora seu aniversário no dia 10 de novembro desde 1952, alusivo à data em que cumpriu sua primeira missão de reconhecimento na FAB. Tornou-se Unidade de caça em 22 de abril de 1988. A obtenção de dados de inteligência concernentes ao inimigo é uma necessidade que nasceu com o gênero humano na face da Terra. Com o nosso país não poderia ser diferente, desde os primórdios da História Militar Brasileira, sentiu-se a necessidade de informações sobre o inimigo e o 1º/10º Grupo de Aviação é a Unidade da Força Aérea Brasileira que tem por Missão: “Capacitar o seu efetivo em Ações de Reconhecimento Aéreo, Controle Aéreo Avançado, Ataque, Reconhecimento Armado e Apoio Aéreo Aproximado, a fim de contribuir para o Preparo das Unidades subordinadas ao COMPREP.” Considerada uma das Unidades mais antigas da FAB, as origens do 1º/10º GAv remontam ao 2º Regimento de Aviação Militar, sediado no Campo de Marte, São Paulo, equipado com aviões "VOUGHT O2U-2A CORSAIR", no ano de 1932. Em 1944 a Unidade é transformada no 2º Grupo de Bombardeio Picado, sendo equipado com aeronaves A-35 (VULTEE VENGEANCE), sediado no 2º Corpo de Base Aérea de São Paulo, em Cumbica. Em 1947 a Unidade recebe a designação de 1º/10º Grupo de Aviação de Reconhecimento-Foto, equipado com aviões A-20 (DOUGLAS-HAVOC), adaptados com câmeras especiais, que passaram a receber, então, a denominação de R-20. O Esquadrão utilizou-os pela primeira vez, em missão específica, no dia 10 nov. 52, data comemorada até hoje por seus integrantes e ex-integrantes. Desde então, outras aeronaves, como o RB-25 e o A/B-26, equiparam a Unidade. Em 1976 o Esquadrão recebeu o AT-26 "XAVANTE", primeira aeronave a jato e que, em 1978, acompanhou o Esquadrão na sua transferência para a Base Aérea de Santa Maria, localidade na qual opera até os dias atuais. Em fins de maio de 1988 foi percebida a necessidade de mais um esquadrão para desempenhar as tarefas da Aviação de Caça. Deste modo, o 1º/10º GAv (Esquadrão Poker), após a conversão de seu efetivo no 2º/5º GAv, passou a agregar esta missão às demais que já exercia desde a sua criação, no longínquo ano de 1947. Cabe ressaltar que o 1º/10º GAv tem uma estrutura dedicada para a interpretação das imagens e manutenção dos sensores, demonstrando a vocação da Unidade para a coleta e análise de imagens, geração e disseminação das informações necessárias à Inteligência de Combate, fator fundamental no Processo de Tomada de Decisão dos Altos Escalões, responsáveis pelas ações de combate. Os Sistemas Sensores utilizados pelo 1º/10º GAv possibilitam realizar missões de Reconhecimento Visual (Rec Vis), Reconhecimento Fotográfico (Rec Foto), no espectro visível e infravermelho, e Reconhecimento Meteorológico (Rec Met). Com o aperfeiçoamento constante da nossa Aviação de Reconhecimento, o Esquadrão POKER passou a ser dotada das aeronaves RA-1, recebendo seu primeiro avião desse tipo em 1999, e o Sistema Sensor RecceLite, em 2009. Integrou-se, assim, um moderníssimo sensor, de alta sensibilidade, na faixa do visível e do infravermelho, e de alta resolução espacial das imagens, a um avançado sistema de navegação e de armas, tornando a Força Aérea Brasileira ainda mais operacional, na medida em que estende a ação do Reconhecimento Tático, tanto de dia como de noite. Atualmente, o Esquadrão conta com as aeronaves A-1M. O Piloto de Reconhecimento Tático é o primeiro a sobrevoar o território do inimigo e, certamente, lá voltará, tornando-se o último a abandoná-lo, após ter coletado as informações sobre os danos levados ao inimigo. É o primeiro e o último no campo de batalha, carregando na alma e no coração o seu lema: "DA PÁTRIA OS OLHOS ... NA GUERRA E NA PAZ...". POKER
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1º/16º GAv (Esquadrão ADELPHI)
HISTÓRICO DO 1o ESQUADRÃO DO 16o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "ADELPHI" I - Origem Unidade de Caça criada em 07 de novembro de 1989. O Nu 1o/16o G.Av. foi ativado em 07 de novembro de 1988. O esquadrão foi desativado em 12 de dezembro de 2016. Em 1977, a Força Aérea Italiana elaborou o requisito militar para uma aeronave com a missão de caça-bombardeiro e reconhecimento leve, que pudesse substituir os FIAT G-91, dando início ao programa AM-X. Em março de 1980, verificando a afinidade entre o requisito militar italiano e as necessidades brasileiras para uma aeronave com esse perfil, o Brasil associou-se ao programa AM-X, visando desenvolver um avião que viesse a ocupar uma lacuna existente na Força Aérea Brasileira, uma vez que os F-5B/E e os Mirage III em operação cada vez mais se especializavam na missão de Defesa Aérea. O programa binacional foi se desenvolvendo através dos anos, trazendo muitos benefícios para o país, pois permitiu à indústria aeronáutica brasileira, de uma forma geral, capacitar-se na produção de uma aeronave (e seus equipamentos embarcados) de alto nível tecnológico, com significativa transferência de tecnologia. A aeronave ficou internacionalmente conhecida como AM-X, porém na Força Aérea Brasileira assumiu a denominação de A-1. Em 1987, um grupo de oficiais e sargentos voluntariaram-se para compor a 1a Unidade de A-1 na Força Aérea. Nesse ano foram realizadas várias atividades e diversos cursos de elevação de nível, efetivando-se a transferência do grupo para a cidade do Rio de Janeiro no início de 1988. No dia 4 de fevereiro desse ano criou-se o Núcleo da Primeira Unidade Aérea para Emprego da Aeronave A-1 (NuA-1), através da Portaria Ministerial no R-055/GM3, sendo designado para comandá-la o, então, Ten.-Cel.-Av. Teomar Fonseca Quírico. O dia 18 de abril de 1988 marcou a definição do código-rádio da Unidade (ADELFI!). A ideia era de que esse código deveria ser algo representativo das tradições da Aviação de Caça. A palavra ADELFI surgiu naturalmente por ocasião das Comemorações da Semana da Caça de 1988. O comandante do NuA-1 e o oficial de operações da Unidade reuniram-se com o Brig. Nero Moura, Patrono da aviação de Caça, e alguns veteranos do 1o Gp.Av.Ca., onde apresentaram o desejo de utilizarem aquela palavra de significado tão expressivo para os bravos e inesquecíveis veteranos como código de chamada do Esquadrão, solicitando a autorização formal para isso. Após deliberação e aprovação, foi ratificado o código ADELFI para a nova Unidade que surgia. Em 7 de novembro de 1988 o NuA-1 foi desativado e criado o NU 1o/16o GAv., através da Portaria no R-535/GM3. No dia 2 de maio de 1989 nasceu o símbolo do Esquadrão ADELFI, criado pelo Maj. Av. Bombonato, do 1o/14o GAv (Pampa). A Portaria 212/A-6, de 17/12/90, do COMGAR, aprovou o emblema designativo do 1o/16o GAV. Em 07 de novembro de 1989 é desativado o Nu 1o/16o G.Av e ativado o 1o/16o G.Av. Assim, finalizando a implantação do A-1 na Força Aérea Brasileira, já com a "bolacha" ostentada no peito dos Adelfis, os pilotos iniciaram os seus primeiros voos e o Esquadrão ADELFI decolava para o cumprimento da sua nobre missão. Algumas datas marcantes para a Unidade Aérea:
O esquadrão ADELPHI encerrou suas operações completando mais de 2.000 horas de voo no A-1M e 28 anos de existência. A Ordem dos ADELPHIS reuniu 93 integrantes, do Ten.-Cel. Quírico (ADELPHI 01) ao Ten.-Av. Richardson (ADELPHI 93), e a Ordem dos Capos, 33 integrantes, do Maj.-Esp.-Av. Andrade (CAPO 01) ao Ten. Eduardo (CAPO 33). Nas palavras do Ten.-Cel.-Av. Martire, último comandante da unidade, o sentimento que predomina no momento de despedida é o de “missão cumprida”. “Por conduzir a Aviação de Caça para a quarta geração e romper a paralisia tecnológica que vivíamos até a nossa criação e implantar uma aeronave totalmente nova para a Força Aérea Brasileira. Uma implantação operacional transcorrida dentre as mais seguras do mundo, expressado nos dois prêmios internacionais recebidos de segurança de voo. Missão cumprida por entregar Adelphis capacitados para as áreas operacional, logística, tecnológica e de ensino, que contribuem com suas competências em toda a Força Aérea”, afirmou o oficial sobre a trajetória da unidade. O Ten.-Cel. Martitre ressaltou ainda que a UAe foi a responsável por iniciar conceitos operacionais de técnica de emprego, navegação e ataque advindos da inédita participação na Red Flag, exercício operacional realizado nos Estados Unidos. “Hoje esses conceitos estão traduzidos nos voos de pacote de toda a FAB e na figura do mission commander”. HAVERÁ SEMPRE UM ADELPHI!
II - Origem do Código "ADELPHI" Ligado à vida dos veteranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, o termo originou-se de uma marca de cigarros de nome "ADELPHI", lançada em 1939, pela Adelfi-Cigar Companhia de Cigarros Castelões. Os cigarros eram acondicionados em carteiras de papelão azul, cujas letras eram douradas. Em cada carteira havia uma figurinha ou um cheque, com valores numerados, que, quando colecionados, somavam pontos e podiam ser trocados por brindes em uma loja situada na Rua Mal. Mal. Floriano, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Esses brindes eram pequenos objetos para uso pessoal ou doméstico. A propaganda do cigarro era feita no rádio. No anúncio, várias pessoas participavam batendo palmas, emitindo o seguinte som: "PÁ...PÁRÁ-PÁ...A-DÉLFI !" (esta última palavra dita de maneira enérgica). Logo se tornou uma saudação muito especial, destinada a reverenciar os pilotos de caça da Força Aérea Brasileira que pereceram nos céus da Itália, e também para marcar eventos de excepcional relevância para a Aviação de Caça ou para a Força Aérea Brasileira. Unindo o passado dos pilotos de caça de outrora e suas poderosas aeronaves P-47 ao presente dos novos pilotos de caça e suas modernas aeronaves A-1, o 1o/16o G.Av. adotou a palavra ADELPHI como designação oficial da Unidade e do código de seus pilotos, perpetuando assim uma tradição e uma justa homenagem aos veteranos do 1o GP.Av.Ca. |
1º/3º GAv (Esquadrão ESCORPIÃO)
HISTÓRICO DO 1o ESQUADRÃO DO 3o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "ESCORPIÃO" Unidade Aérea criada em 05 de abril de 1995, ativada como Nu 1º/3º GAv em 18 de maio de 1995 e como 1º/3º GAv em 28 de setembro de 1995. Tem como origem a 1a Esquadrilha do 7o ETA. Tornou-se Unidade de Caça em 05 de dezembro de 2001. Posteriormente, com a Portaria R- 619/GM3, de 28 de setembro de 1995, ativava-se o Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação, Esquadrão Escorpião: "O Ministro de Estado da Aeronáutica, tendo em vista o disposto no artigo 79, inciso II, do Decreto no 60.521, de 31 de março de 1967, com redação dada pelo Decreto no 83.146, de 07 de fevereiro de 1979, e considerando o que consta do processo MAer. n° 03-01/R-185/95, resolve: |
2º/3º GAv (Esquadrão GRIFO)
HISTÓRICO DO 2o ESQUADRÃO DO 3o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "GRIFO" I - Origem Unidade Aérea criada em 05 de abril de 1995 e ativada em 28 de setembro de 1995. Tem como origem a 1a Esquadrilha do 7o ETA. Tornou-se Unidade de Caça em 05 de dezembro de 2001. O 2º Esquadrão do 3º Grupo de Aviação, Esquadrão GRIFO, possui um currículo rico, forjado na evolução histórica da Força Aérea Brasileira na Amazônia. Oriundo da 2ª Esquadrilha do 7º Esquadrão de Transporte Aéreo, o 2º/3º GAv é uma das mais recentes unidades de combate da Força Aérea Brasileira, ativado em 28 de setembro de 1995 pela Portaria Ministerial n.º R-619/GM3. Inicialmente criado como unidade da extinta Aviação de Ataque, voando aeronaves AT-27 Tucano, o esquadrão foi elevado no ano de 2001 à condição de Esquadrão da Aviação de Caça, firmando o seu espaço nos céus da Amazônia. Atualmente, o Esquadrão é subordinado a ALA 6 e está sediado na cidade de Porto Velho-RO. Quanto ao ser mitológico que dá nome ao Esquadrão, este teria surgido na região da Mesopotâmia; possuía um robusto e imponente tronco de Leão, cabeça de cordeiro, orelha de cavalo e bico de águia, cada característica com sua utilidade: o cordeiro seria um animal sagrado; o cavalo o animal mais dócil e servil ao homem; a águia, altivez da rapina e a sua impiedade com os inimigos, a soberania da Princesa das alturas; e o Leão representava o poder máximo do reino animal. O 2º/3º GAv é, atualmente, equipado com aeronaves A-29 SUPER TUCANO, fabricados pela EMBRAER, o qual desempenha com muito êxito as diversas missões executadas pelo Esquadrão, tais como: Interceptação, Apoio Aéreo Aproximado, Ataque, Reconhecimento Armado e Controle Aéreo Avançado. Desde sua ativação, o Esquadrão Grifo já realizou inúmeras missões de grande importância. Dentre elas: a primeira campanha de Tiro Aéreo sobre o continente, no espaço aéreo da Serra do Cachimbo; participou da Operação Tapete Verde - Querari, emprego real na faixa de fronteira com a Colômbia; atuou e atua em operações de policiamento do espaço aéreo, além de várias missões conjuntas com o Exército e Marinha, patrulhando constantemente as fronteiras Amazônicas, no combate a ilícitos de toda a natureza. É uma unidade jovem, aguerrida e de pronto-emprego que estará sempre pronta a atender os objetivos da nação brasileira, seja na Amazônia, seja nos mais diversos rincões deste imenso país. VOAR E COMBATER! II - Origem do Código-Rádio Vindo de um tempo de misticismo, lendas e magia, o GRIFO, surgiu na região de Mesopotâmia por volta do ano 2.000 antes de Cristo. Vultosas criaturas aladas que, segundo a lenda, seriam consagradas ao Deus Sol. Elas possuíam um robusto e imponente tronco de leão, cabeça de cordeiro, orelha de cavalo, asas e bico de águia, cada característica com sua utilidade: o leão representa a força e o poder máximo, o cordeiro um animal sagrado; o cavalo um animal mais dócil; e a águia a altivez das aves de rapina e sua impiedade com os inimigos, a soberania da princesa das alturas. Os Grifos eram formidáveis criaturas, reunindo as melhores características dos animais eram considerados como de gênese divina. Assim sendo, protegiam dos saqueadores e violadores os templos sagrados, ricos em metais e pedras preciosas. Esses animais receberam o título de “GUARDIÕES SAGRADOS” que simbolizam a força, a vigilância e o obstáculo maior a ser superado. O ataque fulminante dos Grifos, ante qualquer tentativa de furto, era surpreendente e certeiro, castigando a ganância e a avareza humana. |
2a ELO (Esquadrilha DUELO)
HISTÓRICO DA 2a ESQUADRILHA DE LIGAÇÃO E OBSERVAÇÃO ESQUADRILHA "DUELO" Unidade aérea criada em 06 de junho de 1956. Tornou-se Unidade de Caça em 07 de fevereiro de 2002. A 2a ELO foi desativada em 30 de janeiro de 2004. A 2ª Esquadrilha de Ligação e Observação (2ª ELO) foi criada em 06 de junho de 1956, e ativada em 31 de abril de 1957, com sede na Base Aérea do Galeão - RJ, tendo como missão operar em conjunto com a Marinha do Brasil em missões de ataque a superfície, operando a aeronave North-American T-6. Em agosto de 1965, a 2ª ELO foi transferida para a Base Aeronaval de São Pedro d'Aldeia, pertencente à Marinha, onde permaneceu por quase 30 anos. Em 1974, os T-6 (Texan) operados pela 2ª ELO foram substituídos pelos T-25 Universal e, em 1986, a Esquadrilha recebeu o AT-27 (Tucano). Em 1995, a 2ª Esquadrilha de Ligação e Observação (ELO) foi transferida para a Base Aérea de Santa Cruz. No decorrer de 2001, estudos de Alto-Comando embasaram mudanças que determinaram a desativação das Unidades de Aviação de Ataque. Em 06 de fevereiro de 2002 houve a assunção de um novo comandante, TC Jason Sakai, e em 07 de fevereiro de 2002, com a passagem de subordinação da II FAe para a III FAe, a 2ª ELO tornou-se a mais nova Unidade de Caça da Força Aérea, recebendo como principal atribuição formar Líderes de Esquadrilha de Aviação de Caça em aeronaves AT-27 Tucano, quebrando o paradigma da formação de caçadores apenas em aviões a jato. Em 18 de julho de 2002 foi aprovado o Plano para Operação das Aeronaves A-29 que, entre outras diretivas, determinou a desativação da 2ª ELO e a ativação do 3o/3º Grupo de Aviação, na Base Aérea de Campo Grande, com o efetivo e meios daquela Unidade, iniciando-se um período de transição de quase dois anos na preparação para essa transferência. Ao término do período de transição, no final de 2003, a 2ª ELO estava pronta e operando exatamente como uma Unidade de Caça, tendo voado quase 6.500 horas sob a Doutrina estabelecida pela Aviação de Caça. Dos 16 pilotos designados para seguir para Campo Grande cinco deles foram formados Líderes de Esquadrilha da Aviação de Caça e outros quatro cumpriram a primeira fase do Programa de Elevação Operacional nesse período. A 2ª ELO foi desativada no dia 30 de janeiro de 2004, após 47 anos de existência, em cerimônia realizada na BASC. No dia 31 de janeiro de 2004 aviões e pilotos da Esquadrilha decolaram da Base Aérea de Santa Cruz para seu novo destino: o 3º/3º GAv, na Base Aérea de Campo Grande (BACG). |
3º/3º GAv (Esquadrão FLECHA)
HISTÓRICO DO 3o ESQUADRÃO DO 3o GRUPO DE AVIAÇÃO ESQUADRÃO "FLECHA" Unidade de Caça criada em 11 de fevereiro de 2004. O Núcleo do 3o/3o GAv foi ativado em dezembro de 2003. Desde os anos 70 já era comentada, nos diversos escalões operacionais da Força Aérea, a necessidade do estabelecimento de uma Unidade Aérea que pudesse efetuar a vigilância e o policiamento do espaço aéreo, continuamente, nas fronteiras centro-ocidentais do Brasil. Pela localização geográfica e pela infraestrutura existente, a Base Aérea de Campo Grande seria o local mais adequado para centralizar as operações desse novo esquadrão. Com a criação do 1o/3o G.Av., sediado na Base Aérea de Porto Velho, em 1995, tornou-se mais evidente a vulnerabilidade do espaço aéreo nas fronteiras do Pantanal Mato-grossense e áreas adjacentes; se na Amazônia, tão distante dos grandes centros urbanos do Brasil, verificava-se uma grande incidência de tráfego aéreo ilícito e desconhecido pelos órgãos de controle, estava claro e certo que um número muito maior de aeronaves cruzava nossas fronteiras próximas ao pantanal incólumes, sem nenhuma força que pudesse interferir nas suas atividades criminosas. Ainda neste mesmo ano de 1995, a 2a Esquadrilha de Ligação e Observação (ELO), até então sediada na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (Rio de Janeiro), é transferida para a Base Aérea de Santa Cruz e passa a operar em maior contato com as Unidades Aéreas do Comando Geral do Ar (COMGAR), principalmente com aquelas operadoras de T-27 "Tucano". Pioneira e experiente na utilização operacional dos T-27, desde 1986, a 2a ELO intensifica seus voos de treinamento em missões da extinta Aviação de Ataque e, juntamente com o 1o/5o GAv., sediado na Base Aérea de Natal, e os "Terceiros", define uma doutrina de formação e de operação muito próxima da utilizada pelas Unidades da Aviação de Caça. Com o início do funcionamento dos radares de detecção do SIVAM e com a realização de Operações de Defesa Aérea nas fronteiras ocidentais do Brasil, verificou-se que o tráfego ilícito na região da tríplice fronteira era maior que o esperado. Em virtude disto, era necessário estabelecer um plano de recebimento das aeronaves ALX (os A-29), projeto em desenvolvimento pela EMBRAER, que trouxe novos conceitos e a opção de uma aeronave mais versátil para o cumprimento das missões atribuídas às Unidades de Caça operadoras de T-27. O Comando da Aeronáutica já havia feito um contrato para a aquisição destas aeronaves, com algumas cláusulas ainda não definidas. Estudos de Alto-Comando definiram, no decorrer de 2001 e de 2002, mudanças que visavam harmonizar o quadro complexo que se formara. Assim, a partir de julho de 2001, o 1o/3o GAv. e o 2o/3o GAv. tornaram-se Unidades de Caça; a Aviação de Ataque foi extinta em outubro de 2001; o 1o/5o GAv. formou a última turma de pilotos de Ataque em 2001, e foi transferido para Fortaleza (CE); o 1o/4o GAv. foi transferido para Natal (RN); e a 2a ELO passou a subordinar-se à III Força Aérea, a partir de fevereiro de 2002. Além destas mudanças, foi aprovado, em 18 de julho de 2002, o Plano para Operação das Aeronaves A-29, que determinou, dentre outras ordens e sem definição de datas, a desativação da 2a ELO e a ativação do 3o/3o Grupo de Aviação, na Base Aérea de Campo Grande. Subordinada à IIIa Força Aérea a partir de fevereiro de 2002, a 2a ELO tornou-se a mais nova Unidade de Caça da Força Aérea e recebeu como principal atribuição a formação de Líderes de Esquadrilha de Aviação de Caça. Iniciou-se um período de transição de dois anos, quando os pilotos de Aviação de Ataque e os pilotos de Aviação de Caça conviveram preparando a Unidade Aérea para a sua transferência para Campo Grande, o que deveria ocorrer no início de 2004. Ao término da transição, em 2003, a 2a ELO estava pronta: passou a operar exatamente como uma Unidade de Caça; voou quase 6.500 horas sob a Doutrina estabelecida pela Aviação de Caça; suas 12 aeronaves foram cuidadosamente inspecionadas e preparadas para a mudança; os 16 pilotos designados para seguir para Campo Grande realizaram as mais diversas missões de treinamento em 2003, sendo que cinco deles foram formados Lideres de Esquadrilha da Aviação de Caça e outros quatro cumpriram a primeira fase do Programa de Elevação Operacional; todo o acervo material, logístico e de escritório foi inventariado. O núcleo do 3o/3o G.Av. foi ativado em dezembro de 2003 e a 2a ELO foi desativada em 30 de janeiro de 2004. Desta forma, honrando um extenso histórico de emprego operacional da Unidade antecessora, é ativado, em 11 de fevereiro de 2004, o Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação, Esquadrão Flecha, que já nasce pronto para corresponder aos anseios da Nação brasileira. |