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LETRAS CANCIONEIRO DA CAÇA
Esta é uma pequena parte da História da Aviação de Caça e daqueles homens que procuraram transmitir aos "noviços" a sua vibração, o seu ideal e as estórias de seu tempo, através da adaptação de letras às canções populares, procurando retratar o "momento da Caça" de cada época.
Em muitos casos, essas canções apareceram nos encontros casuais, foram progressivamente modificadas de modo a tornar difícil, na atualidade, a perfeita identificação de seus autores. Em outros, sabe-se exatamente a sua origem. E quando esta for a situação, será feita uma breve sinopse do episódio gerador da canção e citados, na medida do possível, seus autores.
A versão original deste Cancioneiro foi elaborada em 1965 pelo então Maj Bezerra, Comandante do 2o/1o Gp.Av.Ca., tendo sido apresentada, pela primeira vez, no Baile da Caça daquele ano (22 de abril). As músicas foram cantadas em coro à medida que o locutor, Ten Fleury (Fleury "Jatobá" - Piragibe Fleury Curado) lia o texto, tendo ao piano o acompanhamento do "Doc" Renato (Renato Machado Silva).
Nosso Cancioneiro começa com a letra original do "Pó Pó Pó" que é baseada em uma fábula intitulada "A Cobra e o Lagarto", que surgiu em julho de 1944, quando o Grupo de Caça, após chegar a Nova Iorque e permanecer alguns dias de quarentena em Camp Shank, deslocou-se de trem para a Base de Suffolk onde iria voar o P-47.
Não havendo o que fazer durante a demorada e desconfortável viagem, os Caçadores, liderados pelos Tenentes Coelho, Meira e Cordeiro se puseram a cantá-la em coro, lançando as bases para o Cancioneiro da Caça.
Após o regresso a Santa Cruz, o "Pó Pó Pó" se consagrou definitivamente, tendo no pós-guerra, o Ten Berthier como um dos mais entusiasmados solistas.
CANCIONEIRO DA CAÇA
"CAXANGÁ DA CAÇA"
Na época de Combate Aéreo costumava-se cantar no ESPC (Estágio de Seleção de Pilotos de Caça), cuja responsabilidade foi do 2o/1o Gp.Av. até a criação do 3o/1o Gp.Av. em 1952), uma versão do "Caxangá" que fala da facilidade do estagiário ser encaudado pelo "lider" nessa fase.
Seus autores foram o Cap. João Eduardo Magalhães Motta e o Ten. Silas Rodrigues, Walter Chaves de Miranda e Antônio Henrique Alves dos Santos.
"CAXANGÁ DA CAÇA"
Pilotos de Caça
Brincavam de voar
Fecha a curva, dá todo o motor
Que é já!
E eu vou fechando a curva
E de barbada te encaudar
E eu vou fechando a curva e de barbada te encaudar
(Daí sai-se para o assovio, caixa de fósforo e volta-se à música)
CANCIONEIRO DA CAÇA
"PILOTO DE CAÇA NO ARATACAL"
No carnaval de 1948, surgiu uma outra marcha que fez enorme sucesso. Foi o "Pirata da Perna de Pau" que foi logo adaptado e exalta a ação da FAB, no Teatro de Operações do Mediterrâneo, durante a IIa Guerra Mundial.
Com a desativação do 2o/5o G.Av. como Unidade de Caça em 1956, e a transferência da instrução para o 1o/4o G.Av e, ainda, com a chegada dos F-80, surgiria uma nova versão do "Pirata".
"PILOTO DE CAÇA NO ARATACAL"
Eu fui um Jambock, hoje sou um Pacau
Piloto de Caça. No Aratacal
Eu fui um Jambock, hoje sou um Pacau
Piloto de Caça, no Aratacal
Tudo pra frente
30 mil pés. Como custa a chegar
Avioneta, mas é bem boa de se voar
Por isso Piloto de Caça
Tem que Ter fibra e Ter coração
Porque o 1o/4o
Não é mole, não!
CANCIONEIRO DA CAÇA
"PILOTO DE CAÇA EM NATAL"
No carnaval de 1948, surgiu uma outra marcha que fez enorme sucesso. Foi o "Pirata da Perna de Pau" que foi logo adaptado e exalta a ação da FAB, no Teatro de Operações do Mediterrâneo, durante a IIa Guerra Mundial.
Outras versões do "Pirata" iriam surgir com o tempo. Com a ativação do 2o/5o G.Av., em Natal, em 1954, inúmeros caçadores de Santa Cruz partiram com destino ao Nordeste. Saíam do moderno Gloster F-8 e retornavam ao antigo P-47, sendo que alguns, oriundos do P-40 de Canoas, ainda teriam de solar o "Tijolo Quente".
E isso tudo, misturado, deu:
"PILOTO DE CAÇA EM NATAL"
Eu fui um Jambock, hoje sou um Pacau
Piloto de Caça aqui em Natal
Eu fui um Jambock, hoje sou um Pacau
Piloto de Caça aqui em Natal
Tudo pra frente
A 130 eu tiro o chão
Tijolo quente
Não é mais garça, é Avião!
Por isso Piloto de Caça
Tem que Ter fibra e Ter coração
Porque a parada é dura
Neste Esquadrão
CANCIONEIRO DA CAÇA
"JAMBOCK DE SANTA CRUZ"
No carnaval de 1948, surgiu uma outra marcha que fez enorme sucesso. Foi o "Pirata da Perna de Pau" que foi logo adaptado e exalta a ação da FAB, no Teatro de Operações do Mediterrâneo, durante a IIa Guerra Mundial.
O "Jambock de Santa Cruz" era normalmente puxado pelo Ten. Eduardo Bruno Barbosa, os saudosos "Boquinha", amante de ópera que com sua voz de "tenorzinho" foi um dos grandes divulgadores do Cancioneiro.
"JAMBOCK DE SANTA CRUZ"