JoomlaTemplates.me by HostMonster Reviews
  • ----------------------------------------------------------------22 DE ABRIL DE 2025 - DIA DA AVIAÇÃO DE CAÇA! ---------------------------------------------------------------
  • --------------------------------------------------------------- 22 DE ABRIL - 80 ANOS DE UM DIA HISTÓRICO----------------------------------------------------------------------
  • -------------------------------------------------------------------- 50 ANOS DE F-5 - NOTA DO CECOMSAER--------------------------------------------------------------------------------------------

   

Escorpião - 1º/3º G.Av. Grifo - 2º/3º G.Av. Adelfi - 1º/16º G.Av. Joker - 2º/5º G.Av. Jaguar - 1º G.D.A. Jambock - 1º/1º Gp.Av.Ca. Pif-Paf - 2º/1º Gp.Av.Ca. Pampa - 1º/14º G.Av. Pacau - 1º/4º G.Av. Poker - 1º/10º G.Av. Centauro - 3º/10º G.Av. 3-3gavp

 

LETRAS CANCIONEIRO DA CAÇA

 

Esta é uma pequena parte da História da Aviação de Caça e daqueles homens que procuraram transmitir aos "noviços" a sua vibração, o seu ideal e as estórias de seu tempo, através da adaptação de letras às canções populares, procurando retratar o "momento da Caça" de cada época.

Em muitos casos, essas canções apareceram nos encontros casuais, foram progressivamente modificadas de modo a tornar difícil, na atualidade, a perfeita identificação de seus autores. Em outros, sabe-se exatamente a sua origem. E quando esta for a situação, será feita uma breve sinopse do episódio gerador da canção e citados, na medida do possível, seus autores.

A versão original deste Cancioneiro foi elaborada em 1965 pelo então Maj Bezerra, Comandante do 2o/1o Gp.Av.Ca., tendo sido apresentada, pela primeira vez, no Baile da Caça daquele ano (22 de abril). As músicas foram cantadas em coro à medida que o locutor, Ten Fleury (Fleury "Jatobá" - Piragibe Fleury Curado) lia o texto, tendo ao piano o acompanhamento do "Doc" Renato (Renato Machado Silva).

Nosso Cancioneiro começa com a letra original do "Pó Pó Pó" que é baseada em uma fábula intitulada "A Cobra e o Lagarto", que surgiu em julho de 1944, quando o Grupo de Caça, após chegar a Nova Iorque e permanecer alguns dias de quarentena em Camp Shank, deslocou-se de trem para a Base de Suffolk onde iria voar o P-47.

Não havendo o que fazer durante a demorada e desconfortável viagem, os Caçadores, liderados pelos Tenentes Coelho, Meira e Cordeiro se puseram a cantá-la em coro, lançando as bases para o Cancioneiro da Caça.

Após o regresso a Santa Cruz, o "Pó Pó Pó" se consagrou definitivamente, tendo no pós-guerra, o Ten Berthier como um dos mais entusiasmados solistas.  


     

 

CANCIONEIRO DA CAÇA 

 "A VOLTA DO COMETA"


Dando prosseguimento ao "CAÇADOR COMETA", durante a viagem de visita do Exmº Sr. Ministro da Aeronáutica ao 1o Gp. Av. Ca., em 1986, foi criada a bordo do avião VISCOUNT baseada na música "Boemia", uma nova canção com título de "A Volta do Cometa".
A letra é de autoria do Major Jorge Fernando Manzoni dos Santos, Capitão Miggiorin Wagner, Capitão Kauffmann e Capitão Mário Cesar Soares Moreira.

 


 "A VOLTA DO COMETA"

CONFRARIA...
AQUI ME TENS DE REGRESSO
E SUPLICANTE TE PEÇO
UM HUMILHANTE PERDÃO

VOLTEI PRA PEGAR O ALERTA DO DIA
QUE EU DEIXEI A CHORAR DE ALEGRIA
ME ACOMPANHA NO MEU CORAÇÃO

CONFRARIA SABENDO QUE ANDEI DISTANTE
SEI QUE O TENENTE AJUDANTE VAI AGORA IRONIZAR

ELE VOLTOU, O COMETA VOLTOU NOVAMENTE
SAIU DAQUI DE REPENTE
PORQUE RAZÃO QUER VOLTAR?

ACONTECE QUE ESTAVA SEM EIRA NEM BEIRA
SÓ LEVAVA PERNADA E RASTEIRA
NÃO PARAVA NA CORTE DE PÉ

ACABOU, SÓ ME RESTA AGORA PARTIR
BOCA PORCA É MELHOR DESISTIR
ME ESPIRRARAM LÁ NO G.T.E.

VIM REVER A MADRUGA, O ALERTA, O COMBATE
DE SAUDOSO QUE ESTAVA FICANDO
DE VOLTAR A SERVIR NO COMAT
QUE SUFOCO, ACORDEI COM A CHEGADA DO DIA


CONSTATEI COM MUITA ALEGRIA
FOI UM SONHO, ILUSÃO NADA MAIS


 CANCIONEIRO DA CAÇA

"CAÇADOR COMETA"

 

Algumas letras foram lançadas pela nova geração de caçadores, como é o caso do já consagrado "Caçador Cometa", baseado na canção "Doméstica" do cantor/compositor Eduardo Dusek.

A versão foi criada em abril de 1984 durante uma semana de chuva. A autoria é do Capitão Flávio Catoira Kauffmann e Tenente Luiz Augusto Lancia Cury, com a colaboração dos demais pilotos do 1oGp. Av. Ca. A letra é baseada em fatos da carreira do Piloto de Caça.

Algumas passagens são fictícias.


"CAÇADOR COMETA"

FOI INDICADO PARA O GRUPO DE CAÇA
LOGO DEPOIS DE DECLARADO CAÇADOR
NÃO VIU QUE ERA UMA GRANDE ARMADILHA
LEVOU UMA CEPA, FOI PARAR NO INTERIOR

ARGUMENTOU QUE LHE FALTAVA EXPERIÊNCIA
QUE EM FORTALEZA MUITO POUCO ELE VOOU
NA SUA FICHA CASCALHARAM INCOMPETÊNCIA
O COMANDANTE NEM SEQUER LHE ESCUTOU

COMETA, FOI PRA ACADEMIA SER COMETA
COM A ALMA ARRASADA, ELE SENTAVA A CACETADA
ERA UM CAÇADOR COMETA

NO "ZARAPA" APRENDEU COM OS COMPANHEIROS
PARAFUSO E ATAQUE 2 COMO NINGUÉM
FICOU FAMOSO LÁ NA DUQUE DE CAXIAS
COMO O TENENTE QUE QUERIA SE DAR BEM

UM BELO DIA!
DEPOIS DE MUITO DAR PORRADA EM CADETE
UM ANTIGO PISTOLÃO, DEPOIS DE UMA PROMOÇÃO,
LHE CHAMOU PRO GABINETE

COMETA, FOI PARAR NO GABINETE NA MUTRETA
LARGOU A VIDA DE CÃO, INCINEROU O MACACÃO
E COMPROU UMA MALETA

PASSAVA O DIA SÓ TOMANDO CAFEZINHO
ERA UM "ASPONE" E SÓ PENSAVA EM MULHER
O SEU SAPATO SÓ PISAVA EM TAPETE
QUANDO VOAVA ERA LÁ NO G.T.E.

SÓ FREQUENTAVA A CASA DE BRIGADEIRO
PUXAVA O SACO E BABAVA COM FERVOR
E ESSES FEITOS LHE VALERAM A COMENDA
A GRANDE ORDEM CRUZ DO PACIFICADOR

COMETA, CONSEGUIU ABOCANHAR A SUA TETA
EM BRASÍLIA ERA BEM QUISTO, ERA AMIGO DO MINISTRO
ERA UM CAÇADOR COMETA

COMO TUDO NESSA VIDA É SURPRESA
O BRIGADEIRO LHE PEDIU OPINIÃO
A ACADEMIA PRECISAVA DE UM INSTRUTOR
ELE LEMBROU DO SEU ANTIGO CAPITÃO

E FINALMENTE, NUMA VIAGEM PRA LONDRES NA PEIXADA
ENCONTROU NO GALEÃO, O ANTIGO INSTRUTOR COM A ALMA ESTRAÇALHADA
COMETA, O INSTRUTOR LHE IMPLOROU PRA IR PRO E.T.A.
LÁ NO ALTO DA ESCADA, ELE DEU UMA GARGALHADA...
TÚ TAMBÉM VAI SER COMETA!


  

 

 CANCIONEIRO DA CAÇA

"CARIMBÓ"

 

Em 1976, por ocasião do 22 de abril, O 1o/4o G.Av. e o Esquadrão Seta eram os únicos Esquadrões não equipados com F-5 e F-103, mas nem por isso o 1o/4o se deixou abater e apresentou uma versão do "Carimbó" que hoje já se incorporou definitivamente ao Cancioneiro da Caça. A autoria é dos Tenente Luiz Carlos de Souza Ferraz, Hugo José Teixeira Moura e Sebastião Novaes Viana, Estagiários na época, e do Tenente Antônio Batista De Lima, Oficial de Manutenção do Esquadrão.


"CARIMBÓ"

Vou ensinar o Pif-Paf
Seta, Pampa, Jambock e Jaguar
A fazer bombardeio picado
E também Esquadrilha puxar
Vai ligando o aquecimento
Que é pro frio não te congelar
Se quizer um pouquinho de praia
Vá pegar lá no meu Ceará

Olê olê olá lá
A Sorbone de caça tá lá
Quem quiser liderar Esquadrilha
Tem que ir lá pro meu Ceará
Na escolha que eu fiz
O seta sobrou

Agora se vire pra ser caçador

Se vire se vire pra não ser instrutor
Pra dar instrução, pra lá eu não vou

Eu fui pro Rio menina
Pro F-5 voar
Só de longe eu vejo o bicho
Pois nos calços eu vim ficar

Voo de Regente, de T-25 e L-6
Dando bombada pra lá e pra cá
Mas nada do Tigre eu vou voar


  

  CANCIONEIRO DA CAÇA

"O CHUMBO DE FZ"
(O ovo de codorna)

Encontramos no cancioneiro uma contribuição de Anápolis que narra um episódio ocorrido em Fortaleza, nos idos de 74, com um Mirage pilotado pelo Comandante do Grupo que apresentou, no após vôo, o chumbo do trem de pouso marcado (este era um dispositivo que acusava se o toque no pouso foi muito forte...).

A época era do início de operação e ainda havia muito mistério por parte do pessoal que fora a Dijon fazer curso.

O Major Lúcio Starling de Carvalho, por exemplo, em Anápolis, ao saber do incidente e ignorando que o protagonista fora o "chefe" logo especulou que o "culpado" teria sido o Elias Miana.

É claro que os novinhos aproveitaram e o episódio deu margem a uma versão do "O Ovo de Codorna" que teve como autores os Tenentes Reinaldo Peixe Lima, o Jairo Rodrigues e o José Montgomeri Melo Rebouças, na qual o "picafumal" fazia sua gozação com o Comandante.

O Oliveira citado na música era um Tenente não-caçador, hoje engenheiro, classificado em Anápolis para voar o helicóptero H-13 e outras avionetas afins.


"O CHUMBO DE FZ"
(O ovo de codorna)

Eu quero ver quem vai ter peito p'ra fazer
A musiquinha pro chumbinho de FZ

O Chefe já falou não gosta de brincadeiras
Que isso acontece até mesmo com o Oliveira

Não manjo de chumbo nem de calculador
Mas um catrapo desse jeito eu não dou!

A pista de FZ é muito perigosa
Só tem três quilômetros e é muito sinuosa
Só um pouso curto era a salvação
E o catrapo acabou com o avião

Quando a turma soube ficou muito chateada
A solidariedade é grande aqui na ALADA

O Operações pichou logo o Miana
Mas quando o acidente não foi um dos mais caros
Aproveitou-se tudo, fizeram-se reparos
Trocaram o motor a fuselagem e a forquilha
Só se aproveitou o fio massa de bequilha!

Peito pra fazer eu sei que há
Eu quero ver quem tem peito é pra cantar...


[powr-rss-feed id="0ef71f7a_1647609377898"]

[powr-image-slider id="a12910bf_1649424489649"]

[powr-media-gallery id="2b7f3533_1647614810031"]