José Rebelo MEIRA de Vasconcelos - 2º Tenente Aviador
* 27/09/1922 (Rio de Janeiro, RJ) - † 30/03/2013 (Rio de Janeiro, RJ)

Família:

Filho de José Pinto Meira de Vasconcelos e Angelica Rebelo Meira de Vasconcelos. Casou-se em 22/12/1949 com Maria do Carmo Pessôa Meira de Vasconcelos, e tiveram três filhos, Hélio, Gilda e Márcio. O sobrenome Rebelo originalmente era escrito 'Rebello', mas ao completar 18 anos Meira o alterou para 'Rebelo', com apenas um 'L'.

Antecedentes: 

Aspirante a Oficial da turma de 1943. Sentou praça em 22/04/1941. 

Na guerra:

Exerceu a função de Piloto de Combate da Esquadrilha Verde com o código D5. Realizou 93 missões de combate, a primeira em 11/11/1944 e a última em 02/05/1945. Foi um dos vinte pilotos que partiram de Pisa em 18/06/1945 com destino aos EUA para trazerem em vôo os novos P-47D-40 para o Brasil.

Citações de Condecorações Recebidas

Distinguished Flying Cross
General Order 69 de 18/06/1945
"Por desempenho extraordinário quando participando de uma missão aérea como piloto de um P-47. Em 4 de março de 1945 o Tenente Meira voava como elemento de uma formação de oito aviões incumbidos de bombardear uma ponte inimiga pesadamente defendida. Um bombardeio preciso foi executado através de intensa barragem de fogo antiaéreo tendo como resultados impactos diretos em cinco diferentes lugares da linha férrea. Prosseguindo, a formação atacou em voo de baixa altura depósitos de munição de importância vital para o inimigo, conseguindo destruir vinte e duas barracas de munição. O Tenente Meira destruiu cinco das vinte e duas, sendo seu avião atingido por uma das explosões que causou perfurações por todo o corpo do avião, furou um dos pneus e danificou alguns cabos de comando e o motor. Os danos no avião foram de molde a ser necessário abandoná-lo, porém a grande habilidade profissional do Tenente Meira e a sua sagacidade conseguiram dominar a situação, atravessando a perigosa cadeia de montanhas dos Apeninos e aterrando a salvo em sua base. Sua coragem, valor e devoção ao serviço refletem grande crédito para si e para as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.

Air Medal - 1º Cluster
"Por ação meritória quando participando de uma missão aérea como piloto em um P-47. Em 30 de janeiro de 1945 o Tenente Meira voava como elemento de uma formação de oito aviões designada para bombardear uma ponte de estrada de ferro particularmente importante para o inimigo, visto constituir a rota por onde tropas inimigas estavam sendo evacuadas. Demonstrando grande habilidade de voo e valor, sua contribuição para essa missão foi um impacto direto sobre o alvo, sendo o seu um dos vários que demoliram a ponte, cortaram uma das cabeceiras e destruiu um edifício vizinho. Não satisfeito pela execução da missão designada a esquadrilha atacou, à metralhadora, transportes inimigos naquela área, tendo o Tenente Meira, pela sua coragem e coparticipação, infligido pesados danos ao inimigo. Sua eficiência profissional e devoção ao dever refletem grande crédito para si mesmo bem como para as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, USA.

Air Medal - 2º Cluster
"Por atução meritória durante a participação em um voo como piloto de um avião do tipo P-47. Em 21 de março de 1945 o Tenente Meira voou como guia de elemento numa formação de quatro aviões caças-bombardeiros em que o objetivo principal era efetuar um voo de reconhecimento às primeiras horas da manhã. Uma precisa navegação trouxe a formação sobre a área-alvo onde, como resultado de um superior bombardeio, impactos diretos foram efetuados que destruíram completamente quatro edifícios e cortaram linhas de estrada de ferro nas proximidades. O Tenente Meira conseguiu, pessoalmente, dois impactos na linha férrea atacada, Durante o regresso à base um campo de aviação inimigo foi atacado e, apesar do intenso fogo de antiaérea leve, severos danos foram infligidos nos veículos a motor e aviões inimigos estacionados no solo. Por sua habilidade, determinação em combate e ação valorosa o Tenente Meira refletiu grande crédito sobre a sua pessoa e sobre as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, USA.

Air Medal - 3º Cluster
"Por heroísmo como líder de uma formação de quatro P-47 designada para atacar instalações inimigas de importância vital em 9 de março de 1945. Depois de localizar com sucesso o objetivo, a formação alcançou com impactos diretos, apesar do fogo inimigo. A extensão dos danos não pode ser observada devido à grande quantidade de fumaça que cobria o alvo e do fogo antiaéreo. Continuando o ataque a formação iniciou a busca de objetivos de oportunidade para metralhamento através de áreas fortemente defendidas durante a qual o seu avião foi atingido por uma granada de 20mm, pondo-o fora de condição de continuar o ataque e sendo obrigado a regressar à base. O Tenente Meira, demonstrando grande habilidade de voo, conduziu a salvo seu avião sobre os altos montes alpinos, atingindo sua base onde aterrou. Na aterragem, devido ao tiro recebido que furou um pneu e danificou o trem de aterragem, foi necessária grande habilidade para terminar a aterragem a salvo. Grande habilidade, valor e coragem do Tenente Meira são características da maneira como combate contra o inimigo. Sua ação reflete grande crédito para sua pessoa e às Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, USA.

Air Medal - 4º Cluster
"Por atuação meritória durante a participação em um voo como piloto de um aviao do tipo P-47. Em 17 de abril de 1945 o Tenente Meira voou como membro de uma formação de oito caças-bombardeiros designada para bombardear um importante posto de comando inimigo nas proximidades de *****, Itália. A despeito da visibilidade restrita, a formação foi habilidosamente guiiada ao alvo, onde mergulhos perfeitamente coordenados resultaram na destruição completa de três casas. Após os mergulhos a formação efetuou audaciosos ataques resantes com foguetes e metralhadoras, causando a destruição de mais três casas e severos danos em quatro outras casas. O Tenente Meira, por sua acuracidade de fogo, participou igualmente na destruição total deste importante objetivo. Seu espírito agressivo e habilidade profissional refletem alto crédito sobre sua pessoa e sobre as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, USA. 

No pós-guerra: 

Ao regressar ao Brasil foi instrutor de vôo para pilotos de caça, instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica, Comandante da Escola de Bombardeio Médio, Ajudante de Ordens do Ministro da Aeronáutica, Oficial de Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Membro da Comissão Aeronáutica em Washington D.C. - EUA, Comandante e Oficial de Operações do 2º Grupo de Transporte, Chefe da Seção de Logística e de Operações do Comando de Transporte Aéreo, Instrutor da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica, Subchefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Chefe da Seção de Planejamento do Estado Maior da Aeronáutica e Membro do Corpo permanente da Escola Superior de Guerra. Na sua carreira Militar, obteve um total de 6.000 mil horas de vôo, a maioria em caça e transporte.
Em 15/09/1966 passou para a resereva no posto de Major Brigadeiro do Ar. Na vida civil foi Superintendente Administrativo da Sondotécnica Engenharia de Solos S/A, Diretor Administrativo da Sondoplan Planejamento, Pesquisa e Análise S/A, Superintendente de Coordenação Operacional da Cia Viação Aérea São Paulo, (VASP). Foi Presidente da Cia Brasil Central Linha Aérea Regional, Assessor de Operações, Diretor Administrativo e Vice Presidente Executivo da BRINK's S/A.

Promoções:  

Condecorações: 

	Ordem do Mérito Aeronáutico - Comendador
	Cruz de Aviação Fita 'A'
	Cruz de Aviação Fita 'B'
	Medalha da Campanha da Itália
	Medalha da Campanha do Atlântico Sul
	Medalha do Mérito Santos Dumont
	Presidential Unit Citation (EUA)
	Distinguished Flying Cross (EUA)
	Air Medal (EUA)
	Croix de Guerre Avec Palme (França)